Roteiro gastronómico em Bangkok – Mini rota Mark Wiens
É impossível ainda não terem descoberto, mas somos viciados em comida, novos sabores…
Por norma, antes de viajar documentamo-nos através de Blogues e Vlogues acerca dos pratos e lugares mais típicos, para não perder nada.
E deparamo-nos com o Mark Wiens. Quem é?
É um Blogger, autor do site Migrationology.com. Vive na Tailândia (tem muita experiencia em comida asiática, casado com uma Tailandesa). Desenvolveu uma serie de vídeos e artigos de grande interesse para nós – os viciados em experimentar comida.
Apaixonei-me e vi todas as suas publicações, aliás passaram a ser o nosso programa familiar de Domingo à noite.
Como achamos os conselhos tão bons e consistentes, resolvemos fazer a experiência de introduzir alguns dos restaurantes aconselhados na nossa rota.
Da sua autoria, eis o que experimentamos:
Almoço de Pato Assado no Restaurante Soi 6 Pochana
Aqui vai a localização: GPS 13.73453, 100.5261
Resolvemos escolher este restaurante porque estava no percurso quando fomos visitar a Jim Thompson House.
Era um restaurante modesto, mas com uma sala com ar condicionado e estava limpo.
Tal como recomendado, o pato e o porco estavam divinamente assados, estes fazem-no de tal maneira que a pele fica crocante, assim como a do nosso leitão do bairrada, a pele… e a carne derrete-se na boca.
Pedimos vários pratos de pato e um de porco, cada um melhor que o outro, os sabores eram diferentes de prato para prato, mas qual deles o melhor.
O Preço foi barato, com um prato de carne e arroz a acompanhar e com bebidas saiu a 3 – 4€ por pessoa.
Endereço: 247-249 Soi Chula 11, Thanon Rama 4, Pathum Wan, Bangkok 10330
Jantar na ChinaTown
Fomos seguindo a rota do tão afamado Blogger e após um dia extenuante, comemos no T & K Seafood, é um restaurante que está sempre muito ocupado e a sua especialidade é o marisco.
Resolvemos comer um bocadinho de tudo, peixe cozido num caldo de erva aromáticas e especiarias, camarão grelhado, ameijoas, arroz, a minha filha que não gosta de marisco foi para o frango frito.
A comida estava deliciosa e muito fresca, mas para nós portugueses falta sal no marisco, nada que se resolva com uns pacotinhos (já íamos prevenidos).
Em seguida resolvemos experimentar a ultima novidade em sobremesas, local da moda, onde os jovens todos frequentam.
Resultado – filas de espera que nunca mais acabavam, lá estivemos pacientemente à espera até conseguirmos ser servidos. Muito resumidamente, a tal tão afamada sobremesa era pão torrado com doce. Não era mau… mas não vale a pena a espera!
A sorte foi que para não desmoralizar enquanto esperávamos comi Mango Sticky Rice, uma delicia.
Jantar de Caranguejo
Localização: 13.72607, 100.49525
Basta sair no BTS na estação Wongwian Yai, é numa perpendicular (10 m a pé).
Este restaurante (bom, não é bem um restaurante, é mais uma banca com bancos e mesas de plástico no meio do passeio) localiza-se na periferia, mas nós como ficamos numa casa alugada nesta zona, aproveitamos para colocar na nossa agenda.
Isto foi ao jantar (só abre ao anoitecer), estávamos quase para desistir de ir, pois já não aguentávamos com os pés depois do dia todo a andar.
Localiza-se num bairro local, e não estava um único estrangeiro (com a nossa exceção).
Ficamos muito tempo de pé à espera e mais de uma hora sentados nuns bancos de plástico baixíssimos e desconfortáveis.
Enfim atendidos e pedimos o prato de massa fina de arroz ou mais vulgarmente por eles chamada cabelos de anjo, frita em toucinho com caranguejo ou camarão tigre e servida num púcaro de metal.
Só posso dizer, superou em grande as nossas espectativas, o molho era maravilhoso, como poucos pratos com um sabor tão bom – este é imperdível.
O restaurante saiu a um preço elevado para o que estamos habituados, mas muito em conta para nós – cerca de 10€.
Almoço Soei Restaurant
Localização: Soi Phibun Watthana 6, Samsen Nai, Phaya Thai, Banguecoque 10400, Tailândia.
Quando fomos este restaurante já tínhamos a noção que era reconhecido, já tendo inclusive passado no programa Bizzare foods do Andrew Zimmer .
Neste restaurante e porque já tinha sido visitado por vários bloggers e programas televisivos, já encontramos alguns estrangeiros, no entanto manteve a autenticidade.
Este restaurante localizava-se ao lado da estação de comboios e era muito interessante pois foi muito divertido estarmos a almoçar e passar o comboio a 1 metro de nós.
Neste momento eles já mudaram de localização (está indicado a acima) e já não se tem oportunidade de ver o comboio passar, que era um fator único, mas o novo já tem ar condicionado.
A comida, era fantástica, muito fresca e confiável.
O restaurante tinha padrões de higiene aceitável, até a sinalização corrobora isso, vejamos, o autocolante que se encontrava colado na porta da casa de banho. Colocar foto
Pedimos vários pratos para podermos ter o máximo de experiencias possíveis, um dos pratos foi cabeças de peixe fritas (cavalas), é tão bommm, mas tão bommm. Tiram as poupas das cabeças só ficando a estrutura e fritam, ao comer parece batatas fritas que se desfaz na boca, mesmo saboroso. É um prato tão procurado que só vendem uma dose por mesa.
O ceviche tailândes de camarão é muito saboroso, mas só para corajosos, pois o molho é feito a base de wasabi, muito picante, eu só provei.
Depois pedimos mais dois pratos, que estavam igualmente saborosos.
A comida é feita pelo Chef Soi, neste momento sei que aumentaram os preços (para o padrão Tailandês – tem um custo de 10-15€ /pessoa) à custa do sucesso televisivo e o serviço é um pouco demorado, mas as criticas apontam no sentido de ainda valer a pena.
Se não quer esperar uma ou duas horas, é melhor ir cedo e à hora de almoço.
O Chef é extremamente criativo, os pratos são de índole tailandesa, portanto muito picantes, mas diferentes dos que encontramos noutros restaurantes.
Acabou aqui o mini roteiro que fizemos com base no Blog do Mark Wiens.
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Bangkok para Geeks
A Tailândia tem um mercado para todos os gostos inclusive para Geeks.
Esta viagem que fizemos foi em grupo, das cinco pessoas, dois elementos eram informáticos, portanto não tivemos outro remédio que incluir o Pantip Plaza no roteiro.
E foi… bom, tivemos que compensar a paciência que os rapazes têm quando paramos nas lojinhas de roupa e recordações e passar pela mesma experiencia com um centro comercial de informática.
Foi a vingança do chinês… bem, do tailandês.
O Pantip Plaza é um centro comercial de 5 andares e tem de tudo, mesmo tudo relacionado com as tecnologias de informação.
Como todos os centros comerciais tem uma praça de alimentação, o que é muuuuitoo cómodo quando temos que esperar pelos geeks, sempre se vai explorando a gastronomia e temos lugar para nos sentar. Ahhh, outra vantagem, tem ar condicionado.
A aparência deste centro é contrastante, numas zonas têm lojas superorganizadas e noutros lados parece a feira com barraquinhas de usados em que está tudo ao molhe.
É interessante pois vendem desde artigos novos, gadgets, acessórios e componentes bem como uma parafernália de cópias de filmes (uns menos recomendados).
Existe uma secção onde existem lojas de arranjos, desbloqueiam telemóveis e outra que instalam todo o software que possam imaginar, originais ou piratas.
Também existem muitas lojas que vendem coisas de marca em contraste com a exposição de produtos contrafeitos, de pouca e muita qualidade.
Quanto aos preços, são um pouco mais económicos, mas se forem produtos de grande porte temos que equacionar se vale a pena devido às taxas aeroportuárias (peso). Agora se estiver a pensar em comprar telemóveis lentes para camaras fotográficas, depois de regatear vale a pena.
Reembolso do VAT (7%) muito parecido ao nosso, não é? – se passarem recibo é possível no aeroporto recuperar o dinheiro, mas atenção o escritório onde devem pedir situa-se na zona das partidas, 4º piso, junto ao portão 10, mas depois de passar para a zona de embarque já não existe nenhuma loja destas.
Para ter condições de reembolso é necessário ser não residente, ou seja, turista, só nos aeroportos internacionais, ter recibo e cada compra ter o valor unitário de mais de 2000 Baths (50€).
Claro que ficamos à espera deles umas horitas, foi muito aborrecido, mas eles dizem que valeu a pena.
Horário: 10:00 – 21:00 (todos os dias).
Como chegar: ir de BTS até: Chidlom e depois como fica um pouco longe (15 minutos a pé) apanhar táxi ou tuk- tuk.
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Entre dois mercados (Maeklong e Amphawa)
Este dia previa-se épico, pois eram lugares que nós queríamos mesmo conhecer e tinham sido produto da nossa imaginação durante largos meses de preparação da viagem, e já tinha chegado o dia.
Como ir: BTS até à estação de Mo Chit ou Southern Bus Terminal.
Preço: 70 bahts o bilhete de ida
Foi mesmo muito fácil e barato optar por este meio de transporte, levou cerca de 1h30m, pois Maeklong fica a 70 km de Bangkok.
Quem quiser outra opção pode sempre ir de comboio, para isso vai de BTS até à estação de Wangwan Yai, depois tem que caminhar cerca de 20 m até à estação de Wong Wian Yai e aí comprar bilhete para Maeklong. O preço do bilhete é de 20 Bahts, ou seja, 0,50€.
Chegámos à estação e a 3 minutos a pé começámos a ver logo o mercado com barraquinhas na rua, tem um ambiente mais ruralizado, com produtos mais económicos, aproveitámos logo para comprar uns Rambutan para ir comendo no caminho.
Chegámos cedo, ainda deu tempo para visitarmos o mercado e andar a ver os produtos em cima da própria linha de comboio.
O comboio passa no mercado às 08h40 e 09h00; às 11h20 e 11h30; 14h30 e 15h30; e 17h40.
Antes do comboio passar soa uma campainha a avisar da sua passagem e depois é a maior confusão coordenada que vi em toda a minha vida. Cada expositor sabe exatamente o que fazer, retira os seus produtos da linha do comboio, faz recuar as suas bancadas deslizando através de umas calhas e levantam os toldos.
Assim que o comboio passa volta à azafama da reposição dos produtos e passado um minuto está tudo na mesma, como se nada fosse. Verdadeiramente INCRÍVEL!
A tarefa destes comerciantes aumenta de dificuldade pois os turistas colocam-se em cima da linha de comboio para tirar a “melhor foto de sempre” e arriscam as suas vidas e a dos locais.
Após aquele espetáculo, fomos apanhar um Dudu, são umas carrinhas com bancos corridos e de transporte coletivo dos locais, para o Mercado Flutuante de Amphawa. O custo foi de 6 Bahts por pessoa e demorou cerca de 15 minutos.
Optámos por visitar o mercado de Mercado Flutuante de Amphawa em vez do mais conhecido Damnoen Saduak por vários motivos: era 10km mais perto e para vermos tudo num dia teríamos que poupar tempo, queríamos algo menos cheio de turistas consequentemente os preços seriam bem mais simpáticos.
Chegámos na hora certa – almoço! As margens do canal que aqui passa estão cheias de lojinhas e restaurantes. Quer dizer mesinhas e cadeiras viradas para o canal, escolhemos o menu e as senhoras cozinham dentro do barco à nossa frente.
Claro que não é um lugar só para locais, o mercado está muito virado para turistas, mas consegue-se apreciar as coisas com calma e é um turismo menos de massas, pois a maior parte das excursões organizadas vão para Damnoen Saduak.
Foi um passeio muito engraçado, vimos os comerciantes de comida a venderem dentro dos seus barcos no rio, é fácil imaginar como antes percorriam o rio a vender produtos de casa flutuante em casa flutuante. Este rio era um grande centro de comercio local, era a forma mais fácil, rápida e barata de fazer chegar os produtos a aldeias mais longínquas.
Depois de explorarmos as margens a pé, contratámos um barco privado para um passeio no rio, de duas horas. Tem duas opções: ou vão em barcos maiores, mas coletivos, ou contratamos um barco mais pequeno, mas só para nós.
Os passeios em barcos coletivos custam 50 bahts por pessoa.
Mas nós escolhemos ser uns despesistas fomos em “Long Boat”, quatro pessoas por 800 bahts (dá por volta dos 5€ por pessoa), por um passeio de três horas – e viva o luxo!!!
Este passeio é mesmo muito interessante, percorremos o rio, conseguimos apreciar as casas em parafitas, algumas com os seus próprios pequenos barcos amarrados às estacas de madeira que sustentam as casas. É assim que os locais se deslocam habitualmente. A paisagem…aí…
Visitámos 5 templos lindíssimos, que ganham uma áurea especial quando observados a partir do rio. Estacionávamos em pequenos decks e íamos a terra visitá-los. Aqueles templos servem a população rural que vive na margem do rio.
Curiosidade: a caminho de apanharmos o minibus para Bangkok, vimos um local com um saco de bolos, sabem o que era? Pasteis de nata!
Fomos apanhar o minibus para Bangkok e o preço foi o mesmo 70bahts por pessoa e uma hora e meia de caminho.
Foi um dia inesquecível!
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Marraquexe – Gastronomia para todos os bolsos
Como todos os apreciadores sabem, a gastronomia de Marrocos é um ponto alto da viagem (aliás, para mim de qualquer viagem sem experiência gastronómica empobrece, adoro experimentar sabores diferentes).
Centrando-me na gastronomia de Marraquexe, vamos partilhar algumas experiências:
1 – Al Fassia (Mais informação)
Encontra-se localizado na Gueliz, é um restaurante à carta, com comida típica marroquina. A comida é excelente, experimentamos todas as saladas de entrada, num total de umas 10, e uma Pastilla (pasteis de massa folhada) de pombo. Os pratos principais foram Tagines, de frango, borrego com ameixas e Kefta.
Este não é o espaço que costumamos escolher para comer, pois é um pouco acima do nosso Budget, cerca de 25€ por pessoa. É um espaço decorado de uma forma típica e muito elegante.
O que nos fez pensar duas vezes para quebrar as nossas normas financeiras foi o facto deste espaço destacar-se por ter 3 mulheres na sua gestão, emprega só mulheres.
2 – Chez Ali (Mais informação)
É um restaurante com vários espetáculos de animação musical onde se reproduz os folclores das várias zonas de Marrocos, depois do jantar há um espetáculo onde se simula uma situação de guerra com trajes, bailarinas, músicos, cavalos e armas.
O restaurante tem uma decoração muito interessante, pois tenta recriar o ambiente das mil e uma noites. É caro (cerca de 45€) e demasiado turístico, no entanto quem viajar com crianças ou quiser uma noite de fantasia tem aqui uma alternativa.
3 – Amal (Mais informação)
Adorámos a experiência! É um restaurante que serve refeições por um preço acessível 7 – 10€, no entanto podemos escolher ter uma aula de cozinha e comer a própria confeção, esta opção custa 20€.
Este restaurante faz parte de uma associação sem fins lucrativos que tem como missão dar formação de cozinha a mulheres que estejam desapoiadas socialmente de forma poderem sobreviver. Fazem um excelente trabalho!
4 – Café Clock (Mais informação)
Este é um espaço cultural, onde se podem encontrar vários espetáculos das mais diversas artes, contadores de histórias (um dos dias tem um tradutor), musica tradicional, pintura, galeria de arte.
Comemos um hambúrguer de camelo e como entrada uma pasta de azeitona que era de comer e chorar por mais.
5 – Restaurantes da Praça Jemaa El Fna (Mais informação)
Estas pequenas barracas levam os apreciadores de comida à loucura, com tantos cheiros, tantos sabores, que ficamos sem saber o que escolher. Temos lá de tudo, desde os caracóis, Pastillas, Tagines, o borrego cozido com sal e cominhos, pequenas espetadas de carne, frutos do mar e peixe frito. Mas o que mais adoramos… uma barraquinha que só tinha sopa de lentilhas e também harira por uns 0,80€. Meu Deus!!
6 – Sandes especiais (Localização)
Descobrimos mesmo ao pé do nosso Riad, um espaço que vendia sandes vários de tipos, entre eles, de salsicha merguez (carne de borrego temperada), carne picada temperada e por último mioleira. Umas sandes enormes por apenas 2€. O espaço era limpo, e não havia um único turista (sem sermos nós, claro!), mas a fila de pessoas é interminável, demoramos pelo menos 30m para sermos atendidos, mas vale bem a pena.
7 – Beco do Mechoui (Mais informação)
O SEGREDO gastronómico mais bem escondido de Marrocos! É uma ruazinha na Medina, onde vendem borrego assado nuns fornos de argila no chão. O cordeiro é assado ao vapor dos hammam, e tem um tempo de cozedura de 8 horas.
Estes restaurantes de rua estão só abertos na parte da manhã, por volta da 13h30m, já esgotaram a comida. Vendem também umas tagines de borrego, temperadas de várias formas.
O Cordeiro é vendido ao kilo, normalmente não existem quase turistas, podem comprar e levar em papel pardo ou comer numas mesinhas lá perto. A refeição saí cerca de 5€. Sim, este é uma refeição típica e não adulterada para turistas.
Come-se à mão com pão marroquino, servem com o famoso chá de menta e tem ao dispor umas tacinhas com sal grosso e cominhos. Simplesmente suculento e IRRESISTÍVEL.
Marraquexe é gastronomicamente rica, a palavra de ordem é disfrutar.
- Published in Marrocos
Marrocos visto por uma criança
Viajei para Marrocos com os meus pais e com os meus avós. Adorei esta viagem, vou explicar-vos as minhas aventuras.
Há pessoas que visitam Marrocos e dizem: “Eu não gostei de Marrocos”. Eu não concordo com isso, eu acho que é um país interessante e com pessoas muito simpáticas. É muito colorido e tem muita comida.
Tem muitas coisas giras para comprar. Eu adoro comprar coisas e ainda gosto mais quando o preço dá para negociar. Eu ainda não tinha ido para países em que se negocia preços, então fiquei muito entusiasmada. Parece mais fácil do que é, eu achava que era mais fácil, o problema é que eu sou um pouco tímida com pessoas que não conheço, portanto foi um pouco complicado.
O hotel onde ficamos era muito giro e quando saíamos do hotel, todos os dias de manhã, víamos gatinhos muito fofinhos à porta do hotel. Eram tão fofos!!!!!!!!!!!!!!!JJJJ
Todos os dias de manhã íamos beber sumo de laranja. Lá os sumos de laranja eram uma delicia!!!!!!!!!!!!!!!!!! Que bom.
Na praça de Marraquexe joguei um jogo com uma cana de pesca tínhamos que pescar garrafas. Parece fácil, mas não é, não consegui pescar nenhuma.
Em Marraquexe também andei num género de carroça que é muito fixe, chama-se Caleche.
Fomos também a uma praça onde estavam imensas galinhas. Depois disso a minha avó ficou com picadas ou borbulhas, qualquer coisa do género. Nós pensámos que era das pulgas das galinhas, mas depois passaram.
Nós também fomos a uns restaurantes de uma cooperativa de pescadores em Essaouira e os peixes eram deliciosos.
Não se deve comer salada ou beber água da torneira naqueles países, porque não estamos habituados à água da torneira deles só que eu e o meu pai comemos salada, porque nos apetecia muito. Uns dias depois eu e o meu pai adoecemos e tivemos de ir ao hospital. Achamos que foi por causa da salada que comemos.
Lá, fiz umas tatuagens com hena e ficaram lindas. Aquelas tatuagens saem ao fim de uns dias. Nós compramos quilos de hena para fazer em casa, já experimentei e é muito difícil.
Nós fomos também a uma cascata lindíssima, andei de barco e relaxei um pouco.
Eu no início disse que as pessoas eram amigas e são, porque quando era para ir embora, as pessoas que estavam na rua viram-nos com malas e acenaram-nos e despediram-se.
Amei Marrocos pois é um país amigo e colorido, tem coisas interessantes para ver e para fazer.
Autora: Margarida Correia (10 anos)
- Published in O Mundo Visto por uma Criança
Palmilhando por aí … em Mecanhelas
Gosto do nome deste Blog. Palmilhar, percorrer, trilhar. O que é a nossa vida senão isto? É, segundo Santo Agostinho que aqui cito, avançar, é experienciar, é viver.
“Não vês que somos viajantes?
E tu me perguntas:
Que é viajar?
Eu respondo com uma palavra: é avançar!” (Santo Agostinho)
Meditando nesta viagem que tem sido a minha vida, a minha memória está a ser invadida pelo meu palmilhar na minha terra natal, a minha terra do coração – Moçambique. As primeiras memórias levam-me a enormes plantações de algodão, quase a perder de vista no horizonte, da companhia de algodões onde o meu pai era encarregado em Mecanhelas, no norte na província do Niassa. No tempo da colheita, eu e o meu irmão, pequenitos de cinco ou seis anos, embrenhávamo-nos naquela vastidão branca a colher o algodão e com um cestinho levávamos para venda nos enormes armazéns. Lembro as enormes balanças e as paredes altíssimas do armazém cobertas com os sacos carregados de algodão.
Continuando a palmilhar pela minha memória, tenho bem presente, numa saudade que dói fundo, as minhas viagens acompanhando fielmente o meu pai pelo mato fora numa carrinha de caixa aberta. Um dia, junto a um rio onde haviamos parado para refrescar, somos surpreendidos por um búfalo em nossa direção. É evidente que a correria para dentro da viatura foi fantástica. Mas eu estava protegida no colo do meu pai, pelo que não me lembro de ter sentido qualquer tipo de medo, apesar das fortes investidas que o bicho furioso foi fazendo.
Lembro as minhas viagens de bicicleta para a escola que ficava a sete quilómetros de distância e de alguns trambolhões que também dei. Chegada a casa, após uma manhã de escola, a primeira coisa a fazer: tirar os sapatos e andar descalça. Daí, de vez em quando a minha mãe ter de chamar o feiticeiro para me amainar a dor da ferroada do lacrau … de seguida, meninos às costas, pego no pilão e, ao lado das mães desses meninos, toca a pilar o milho para a confeção da chima (farinha de milho ou de arroz cozida em água, para acompanhar o refogado de folhas de mandioca ou de peixe seco) deliciosa que eu e o meu irmão fazíamos questão de comer sentados na esteira e com a mão.
Muitas mais estórias compõem o imenso e rico percurso deste meu palmilhar por aí. Valerá a pena continuar a aparecer por aqui?
Autora: Fernanda Silva
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Algarve no Inverno? Aljezur – entre praia e marisco
O Algarve é Verão! Sim, no verão temos toda a hotelaria e restauração focada em poder satisfazer todas as necessidades dos turistas.
Mas a beleza do Inverno? Estava sem ideias, queria marcar o dia de comemoração da reforma do meu pai, mas o que fazer?
Decidimos finalmente ir almoçar a Aljezur, mas pensamos, no Inverno, perto do Natal, às tantas está tudo fechado.
Por indicação de uma amiga, reservamos um restaurante (marisqueira) mesmo no centro de Aljezur.
Lá fomos nós, mais cedo, para aproveitarmos o bom tempo e dar uma voltinha.
O Algarve no Inverno tem uma luz especial, o sol brilha e reflete nas típicas casas caiadas de branco. Quase ficamos ofuscados.
De carro de Portimão a Aljezur são uns prazerosos 45m com paisagens de fazer inveja.
Chegamos a Aljezur uma hora antes do agendado almoço resolvemos dar uma volta junto à costa, dirigimo-nos à praia.
A mais perto era a praia da Amoreira, apanha a foz do rio. O areal se encontra entre o mar e o rio, simplesmente fantástico. No caminho encontramos pisciculturas e salinas.
Não é daquelas praias características e que servem turismo de massa, mais calma e excelente para passar um dia de praia e rio.
No Verão tem restaurantes e vigilância, o que não acontece no Inverno.
Quando lá chegamos estavam muitos estrangeiros em autocaravanas, a aproveitar o Sol, a ler livros, em amena cavaqueira.
Em volta da praia para os apreciadores, podem aproveitar para fazer um percurso onde se explora tanto a fauna como a flora local, é um ótimo local para observarem as aves no seu habitat. Aqui podem encontrar-se várias espécies como a garça real e guarda rios.
Esta praia pertence ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Chegada a hora, lá nos dirigimos ao Restaurante, já tínhamos lido as criticas do Tripadvisor, umas más, umas boas, bom íamos à aventura…
O restaurante situa-se entre na rua que vai dar Igreja, no lado direito e chama-se cervejaria Mar.
Quando entramos a primeira impressão de decoração foi de um ambiente acolhedor, pensado ao pormenor, tinha muito investimento por parte de quem contruiu a ideia.
Está decorado com vários artefactos que fazem lembrar toda a temática da pesca rustica o que condiz na perfeição com o menu.
Já sentados na mesa reservada (aliás o local é pequeno, mesmo em dezembro as mesas estavam todas reservadas, é impossível lá comer sem marcar).
Como era um dia especial e queríamos experimentar o restaurante fizemos um pedido mais alargado que o habitual para podermos degustar.
Iniciamos com o couvert, que foram dois patés caseiros com pão também caseiro.
Vínhamos com uma vontade enorme de percebes, mas azar, estávamos a 7 e a época do defeso acabava a 15, bolas! Fomos uma semana adiantados.
Então mandamos vir, camarões fritos, lingueirão, bruxinhas, conquilhas e mexilhões.
Estava tudo excelente muito fresco e com uma boa confeção, no ponto de cozedura, e acompanhado de pão fresco e pão torrado na hora.
Já tínhamos desistido de tentar o segundo prato, mas resolvemos experimentar só um, para termos ideia de como cozinhavam, outra coisa sem ser marisco.
Mandamos vir um caril de gambas.
O que posso dizer … apenas o melhor que comi nos últimos tempos. Ficamos com pena de não experimentarmos o arroz de marisco e a cataplana, mas o estomago não permitiu.
A acompanhar existe uma boa carta de vinhos e cerveja artesanal.
O preço é justo para o que comemos.
O algarve é uma ótima alternativa de escapadinha durante o Inverno.
Dica:
Aproveitem o final de novembro e aproveitem para dar também um pulinho ao festival da batata doce.
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15 visitas imperdíveis em Marraquexe
Jemaa El Fna
Esta praça é por si só um espaço imperdível, aliás, ir a Marraquexe sem conhecer este espaço emblemático, é ir, e não conhecer a alma da cidade. É aconselhável que faça esta visita ao entardecer que é quando começa o louco espetáculo cultural.
Mesquita Koutoubia (não é permitida a entrada a não muçulmanos)
Esta situa-se ao lado da praça Jemaa El Fna, e é um dos monumentos mais representativos da cidade de Marraquexe, tem 77 metros de altura e é avistável a 30 km. Em seu redor encontram-se jardins lindíssimos.
A Medina e os Souks
A Medina, ou cidade velha é onde se encontram os mercados mais interessantes da cidade. Esta visita é essencial pois podemos vaguear entre ruas e ruelas onde nos surpreendem as decorações, as portas e o mais autêntico da cidade. Os Souks oferecem de tudo, para além de existir todo o tipo de artesanato, podes ficar apenas a observar os artesãos a fazer artefactos para serem vendidos nas lojas.
Também é muito interessante visitar as farmácias tradicionais.
As Muralhas e os Portões de Marraquexe
A Medina ou cidade velha está rodeada de muralhas com 19 portões de entrada. As muralhas de cor de terra avermelhada, encontram-se quase intactas. É muito interessante fazer o passeio em volta de caleche e apreciar o trabalho dos portões.
Túmulos Saarianos (10 Dirhans)
Encontra-se a menos de 1 km da praça Jemaa El Fna. Este lugar é constituído por mausoléus de vários elementos da dinastia saadiana, estando distribuídos por três salas. Nos jardins estão os túmulos dos guerreiros e serviçais.
Medersa Ben Youssef
É uma madraça ou escola islâmica. Este espaço albergava 900 alunos divididos em 130 dormitórios. Estudavam essencialmente o Corão encontrando-se desativada. É o equivalente ao Seminário para os Católicos.
Podemos ter acesso a todo o espaço, estando dividido entre um pátio central, dormitórios e sala de reza, onde apreciamos vários motivos esculpidos em madeira e lindos jogos de azulejos.
Encontra-se localizada em frente ao Museu de Marraquexe.
Museu de Marraquexe – (60 Dirhans bilhete combinado que dá direito à entrada no museu, madraça e Koubba e as crianças não pagam)
Este museu é um palácio do sec. XIX, situando-se mesmo ao lado da Madraça, e onde se encontram vários espólios de joias, tapeçarias e mobiliário.
No entanto este Museu, apesar de valer a pena a visita, não tem uma explicação histórica suficientemente completa.
Koubba el Badiyin
Esta é uma pequena ruina de arquitetura Almorávida, tendo sido construída em 1127, foi a única encontrada até hoje. O Povo Almorávida foi quem fundou Marraquexe.
Ruinas do Palácio Badii – 20 Dirhans
São as ruinas de um palácio que foi construído para comemorar a batalha de Alcácer – Quibir. Este palácio era grandioso e ricamente decorado, tinha mais de 300 quartos.
Jardins Majorelle – 70 Dirhans e o museu Berbere no interior 30Dirhans
Este jardim botânico, não muito grande, está decorado de uma forma luxuriante e serve para fazer uma pausa refrescante. Foi comprado por Yves Saint Laurent.
As tinturarias –50 Dirham curtição e pintura das peles
As tinturarias em Marraquexe são bem mais pequenas do que em Fez, mas já dá para ter uma pequena ideia do processo do tratamento de peles. Temos que ir preparados mentalmente para o mau cheiro imanado nestas fabricas, mas é-nos fornecido um raminho de hortelã pimenta para suportamos a visita.
La Palmerie – 100 mil palmeiras
A 10 km da cidade existe um palmeiral com 100 mil palmeiras.
Jardins Menara- 30 Dirhans
Estes jardins encontram-se a uma hora a pé da praça Jemaa el Fna. Tem um reservatório enorme de água para irrigar as diferentes variedades de árvores nomeadamente 40 espécies de oliveiras.
Gueliz
É a parte nova da cidade onde se encontra tudo o que se vê numa cidade ocidental, restaurantes modernos, lojas, McDonalds e prédios novos de arquitetura europeia.
Hammam Público
Banhos públicos tradicionalmente de tijolos de lama. Num hamman público, não esquecer os chinelos, toalha, xampô e, luvas para esfoliação.
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