O Algarve é Verão! Sim, no verão temos toda a hotelaria e restauração focada em poder satisfazer todas as necessidades dos turistas.
Mas a beleza do Inverno? Estava sem ideias, queria marcar o dia de comemoração da reforma do meu pai, mas o que fazer?
Decidimos finalmente ir almoçar a Aljezur, mas pensamos, no Inverno, perto do Natal, às tantas está tudo fechado.
Por indicação de uma amiga, reservamos um restaurante (marisqueira) mesmo no centro de Aljezur.
Lá fomos nós, mais cedo, para aproveitarmos o bom tempo e dar uma voltinha.
O Algarve no Inverno tem uma luz especial, o sol brilha e reflete nas típicas casas caiadas de branco. Quase ficamos ofuscados.
De carro de Portimão a Aljezur são uns prazerosos 45m com paisagens de fazer inveja.
Chegamos a Aljezur uma hora antes do agendado almoço resolvemos dar uma volta junto à costa, dirigimo-nos à praia.
A mais perto era a praia da Amoreira, apanha a foz do rio. O areal se encontra entre o mar e o rio, simplesmente fantástico. No caminho encontramos pisciculturas e salinas.
Não é daquelas praias características e que servem turismo de massa, mais calma e excelente para passar um dia de praia e rio.
No Verão tem restaurantes e vigilância, o que não acontece no Inverno.
Quando lá chegamos estavam muitos estrangeiros em autocaravanas, a aproveitar o Sol, a ler livros, em amena cavaqueira.
Em volta da praia para os apreciadores, podem aproveitar para fazer um percurso onde se explora tanto a fauna como a flora local, é um ótimo local para observarem as aves no seu habitat. Aqui podem encontrar-se várias espécies como a garça real e guarda rios.
Esta praia pertence ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Chegada a hora, lá nos dirigimos ao Restaurante, já tínhamos lido as criticas do Tripadvisor, umas más, umas boas, bom íamos à aventura…
O restaurante situa-se entre na rua que vai dar Igreja, no lado direito e chama-se cervejaria Mar.
Quando entramos a primeira impressão de decoração foi de um ambiente acolhedor, pensado ao pormenor, tinha muito investimento por parte de quem contruiu a ideia.
Está decorado com vários artefactos que fazem lembrar toda a temática da pesca rustica o que condiz na perfeição com o menu.
Já sentados na mesa reservada (aliás o local é pequeno, mesmo em dezembro as mesas estavam todas reservadas, é impossível lá comer sem marcar).
Como era um dia especial e queríamos experimentar o restaurante fizemos um pedido mais alargado que o habitual para podermos degustar.
Iniciamos com o couvert, que foram dois patés caseiros com pão também caseiro.
Vínhamos com uma vontade enorme de percebes, mas azar, estávamos a 7 e a época do defeso acabava a 15, bolas! Fomos uma semana adiantados.
Então mandamos vir, camarões fritos, lingueirão, bruxinhas, conquilhas e mexilhões.
Estava tudo excelente muito fresco e com uma boa confeção, no ponto de cozedura, e acompanhado de pão fresco e pão torrado na hora.
Já tínhamos desistido de tentar o segundo prato, mas resolvemos experimentar só um, para termos ideia de como cozinhavam, outra coisa sem ser marisco.
Mandamos vir um caril de gambas.
O que posso dizer … apenas o melhor que comi nos últimos tempos. Ficamos com pena de não experimentarmos o arroz de marisco e a cataplana, mas o estomago não permitiu.
A acompanhar existe uma boa carta de vinhos e cerveja artesanal.
O preço é justo para o que comemos.
O algarve é uma ótima alternativa de escapadinha durante o Inverno.
Dica:
Aproveitem o final de novembro e aproveitem para dar também um pulinho ao festival da batata doce.