Chichen Itza – A Maravilhosa Cultura Maia
Riviera Maia, este foi o local escolhido para a minha lua de mel (há já uns anitos).
Fomos naqueles pacotes de tudo incluído, porque… enfim, era Lua de Mel.
Claro que quando chegamos, tivemos que passar pela tradicional lavagem cerebral, tipo vendedores de colchões, num briefing pela manhã com um cocktail de boas vinda onde aproveitam para venderem a ideia de que lá fora é muito perigoso e só devem fazer excursões com os seus serviços.
Claro que… fomos embora e não compramos nem uma viagem à agência.
Como isto foi há uns anitos, ainda não havia esta abertura e quantidade de troca de dicas e de blogs, agimos mesmo por instinto, sempre nos fez confusão andar a toque de caixa com um grupo de pessoas atrás e com tempos controlados para tudo. Nããã, não era para nós.
Não demorou muito para ficarmos com o bichinho carpinteiro. Não aguentamos, e lá descobrimos um autocarro publico que passava em frente ao hotel, por meia dúzia de tostões (mesmo muito barato) que ia para a Praia Del Carmen.
Claro que rapidamente encontramos uma agência de viagens local e voilá… as mesmas excursões a um quarto do preço.
Bom aquilo não eram bem excursões, era um aluguer de carro de 7 lugares, com motorista que nos levava para o roteiro que era combinado. Estava lá um casal de Italianos e acabamos por dividir o valor.
Um dos imperdíveis lugares foi obviamente ver o complexo arqueológico de Chichén Itzá.
Foram buscar-nos ao hotel e lá fomos nós durante duas horas (170 km) ansiosos por ver uma das 7 novas maravilhas do mundo, é Patrimônio Cultural da Humanidade.
A importância deste complexo, não é a sua grandeza (pois não era das maiores cidades maias), mas o seu estado de conservação atual.
A pirâmide e Kukulcan (em homenagem ao Deus Kukulcan – significa a serpertente emplumada) é um dos edificados mais representativos da cultura Maia e tem uma particularidade – quando amanhece (só nos equinócios), a sombra é projetada nas escadas principais da pirâmide por forma a parecer uma serpente.
Esta escadaria tem 365 degraus, o que equivale ao calendário Haab, representam os 365 dias do ano dentro do calendário e a um ciclo completo do Sol.
Os sacerdotes tinham um enorme conhecimento de astronomia, o que lhes permitiu estudar as estações do ano, as épocas de chuvas ou secas, se semeaduras, exerciam assim um grande peso na comunidade.
O templo de Jaguar é outra construção deste complexo, era utilizada para rituais religiosos e abriga também os restos do governante Hasaw Cha’an Kawil.
Também existe um outro edifício, que servia de observatório astronómico, com uma escada em espiral, e mais uma vez se evidencia aqui a importância do estudo das estrelas.
Neste espaço havia também o maior campo de futebol da América com 168 metros de comprimento e 70 de largura, embora se chame futebol, as são regras muito diferentes daquelas que utilizamos hoje em dia, vejamos:
O jogo admitia até 5 jogadores, o objetivo era alcançar com a bola em arcos suspensos nos muros que ladeiam o campo, uma outra curiosidade é que jogavam com as coxas e as ancas.
O mais inusitado – aqui disputava-se literalmente a vida do Jogador, o perdedor tinha que se submeter a sacrifícios feitos pelos sacerdotes e o seu crânio(revestido) poderia servir de bola para o próximo jogo. Creepy!!!
E tantas outras curiosidades que vão adorar descobrir.
Um único conselho, faz um calor que não se aguenta, não existe muito sombreamento, devem levar agua, chapéus de sol e muito protetor, por forma a não desidratarem.
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Sidi Bou Said
Acordei com um pensamento… É hoje! É hoje, que vou poder ver as cores da pequena vila que já andava a pesquisar, namorar as lindas fotos, há anos.
Esta tão conhecida vila fica a cerca de 20 quilómetros de Tunes.
De Tunes para Sidi Bou Said (nome de um homem santo muçulmano que viveu no Sec. 13), em transportes públicos leva entre 1 hora e 1hora e meia com um custo de 50 cêntimos.
É uma pequena Vila com cerca de 5000 habitantes, se sairmos de Tunes para lá sentimos um enorme contraste.
Encontra-se num local elevado com vista para o mar (Golfo de Tunes), também ancestralmente utilizada como zona de controlo da zona comercial marítima.
É uma vila imaculada, tem uma estrutura arquitetónica árabe, com portões lindíssimos e encontra-se limpíssima.
A característica mais conhecida é que todas as casas habitacionais ou comerciais, estão pintadas e também algumas caiadas de branco e azul. É mesmo fantástico, parece que existe continuidade do mediterrâneo.
Existem muitos cafés artesanais com um ar de renovado, muito bonitos e higienizados, que nos vendem os produtos mais tradicionais, como alimentos à base de frutos secos, Chás variados e café turco com pinhões – que é uma delicia.
Parece uma cidade feita de artistas para artistas, em todas as ruelas encontramos lojas a exporem quadros de vários artistas, uns mais realistas outros mais abstratos e galerias de arte.
Preparem-se para a subida da vila, linda, típica, mas ingreme como tudo. Nós fomos na primavera, um calor de morte, no verão deve ser insuportável.
Claro que esta cidade por ser tão bela e limpa, com tudo a condizer, mesmo o balde do lixo e as vassouras dos carros que os cantoneiros de limpeza utilizam são pintados com o azul exatamente igual aos das casas – simplesmente é tudo perfeito.
O que eu achei mais interessante? Para além da vista, do envolvimento das cores desta pitoresca vila, apaixonei-me pelas portas.
Cada casa tem uma porta de madeira, pintada e trabalhada. Esse é um verdadeiro trabalho artístico de um valor incalculável. Isso foi o que me ajudou a subir as ingremes ruelas. Pois eu parava embasbacada a apreciar o trabalho em cada casa, assim sempre custou um pouco menos a subida.
É claro que se tornou num local demasiado turístico, os preços adaptaram-se ao nível de vida dos visitantes e tudo o que vendem torna-se pouco autêntico.
Se vos aconselhava a ir? Claro apesar de ser turístico é imperdível, mesmo! Tem uma beleza natural que não podemos perder.
Com chegar: Carro alugado, táxi, autocarro ou comboio combinado com metro de superfície.
- Published in Tunísia