Viajantes Patológicos
Sendo psicóloga, estou em constante autoanálise.
Nesta temática das viagens e falando de mim para mim, fiz o exercício de tentar entender se sou uma viajante patológica ou só adoro viajar, esta é uma das questões que me coloco muitas vezes.
Confesso que tendo a ser um pouco parcial na minha reflexão.
Comecei por desconstruir alguns conceitos.
Vejamos:
Wanderlust – é o termo mais conhecido por viajantes para definir a pessoa que tem obsessão por viajar, desejo incontrolável de conhecer novas culturas e locais, na prática o indivíduo que não consegue acabar uma viagem sem já estar a pensar na organização da seguinte.
Ou
Dromomania / dromapatia – vontade intensa de deambular, afastar-se ou viajar, mania errante, automatismo ambulatório. Consiste no desejo irresistível de sair de casa ou de mudar repetidamente de endereço, sem destino ou objetivo pré-determinado. Associado a comportamentos ansiosos e com um estilo de vida pouco regulado, relacionado a comportamentos disfuncionais.
Podemos descartar a dromomania!
Uffffaaaa, assim fico mais descansada, apenas tenho um comportamento obsessivo por fazer viagens!!! Se bem que se perguntarem a alguns amigos não vão hesitar em afirmar que não sou muito regulada – fico-me pela primeira hipótese e aproveito esta minha parcialidade na análise.
Esta síndrome (Wonderlust), segundo um estudo de um geneticista do comportamento, Dr. Richard Paul Ebsteind, comprova que existem 20% das pessoas que tem uma variação num gene específico (DRD4-7R). Ou seja, são menos sensíveis à absorção da Dopamina.
A Dopamina é um neurotransmissor, molécula sintetizada a partir de aminoácidos.
Tem como ação estimular a sensação de prazer, e influenciar as emoções, humor e atenção, entre outras funções executivas.
Assim, o estudo indica que a tendência destas pessoas é terem comportamentos de maior risco, mais intensos, com o objetivo de libertarem esta substância, e funcionar como prazer e recompensa, levando muitas vezes à compulsividade. Em suma: têm condutas mais aventureiras, de risco, com o intuito de aumentar a produção de adrenalina e noradrenalina.
Hummm, não sei se gosto desta análise… afinal não sou só obsessiva com posso ter uma mutação no alelo 7?!?
Se aprofundar esta análise, começo a reconhecer em mim, alguns sinais preocupantes, que podem estar associados a esta síndrome, ora vejam:
- Viajar sempre que possível;
- Tentar prolongar a viagem só por mais uns dias;
- Levar o tempo a pensar em viagens e nos seus percursos;
- Explorar tudo, arranjar desculpas para conhecer algo novo, nem que seja no outro lado da cidade;
- Horas e horas despendidas a ler artigos de blogues;
- Trabalhar, com o intuito de viajar;
- Focar as finanças nas viagens é uma prioridade, poupar, poupar;
- Nas viagens tentar experimentar tudo o que seja novo, experiências, percursos, comida, meios de transporte, etc;
- O desconhecimento do idioma, da cultura, não é um impedimento, é um prazer;
- Percursos demasiado cheios para não arriscar perder uma pitada;
- Muitas vezes as viagens fogem dos padrões de luxo de comodidade, o importante é conhecer;
- Sempre o passaporte atualizado, nunca se sabe;
- Assim que acaba uma viagem, já estou a investigar outra;
- Viagem de forma independente, onde tenha oportunidade de não ter limitações de tempo em cada lugar;
- Procura incessante de preços de passagens aéreas, alojamento, entre outros- só para me atualizar;
- Construo uma apresentação em PowerPoint com todo o percurso de viagem, preços e experiências e faço um jantar com amigos, de antevisão da viagem, onde os obrigo a ver do início ao fim todos os pormenores.
Pareiiii, não me atrevo a explorar mais, acho que tenho sinais mais que evidentes…
Bom, este estudo só diz que existe uma tendência para comportamentos mais aditivos e extremos – o que isso tem a ver com viagens?
Aqui está a resposta:
A Dr.ª Julia Dmitrieva (de 1999 do Departamento de Psicologia e Comportamento Social, Universidade da Califórnia, EUA) estudou os padrões de migração da população em tempos pré-históricos correlacionados com este gene, tendo identificado que esta perturbação no gene era mais prevalente em povos migrantes, e não foi identificado predomínio em povos sedentários.
Conclusão do estudo- “(…) um traço genético que foi associado em alguns estudos ao traço de personalidade de busca de novidades e hiperatividade – em sociedades migratórias e a possibilidade de seleção natural para um gene de migração.”
Afinal, esta minha necessidade de viajar incessante não é maluquice, mas uma adaptação genética adaptativa, assim fico mais descansada!!!
Mais tarde o Dr. Richard Paul Ebsteind, veio a esclarecer que a genética tem apenas uma influência limitada nos nossos comportamentos e não são um fator exclusivo.
Para determinar um comportamento é necessário que para além do genótipo, se considere todos os fatores ambientais, tais como educação, experiências e influências exteriores.
Aqui aparece o MITO de que esta mutação genética está associada aos Wonderlust.
Afinal já não tenho a desculpa do gene, não sou só doentinha e tenho que viajar para regular a minha dopamina, uma lástima…, mas é o único tratamento possível.
Chego à brilhante conclusão que existem grandes possibilidades de eu ter aqui um traço obsessivo, mas não é culpa da possível mutação genética.
- Published in Escrevinhando
Roteiro de 5 dias em Bali
A construção deste roteiro foi um desafio!
Porquê? A dúvida foi se valia a pena passar lá apenas 5 dias. Vínhamos do Camboja e partíamos para passar uma semana na ilha de Langkawi na Malásia, ainda ponderamos não passar por Bali, porque era muito cansativo e tínhamos pouco tempo.
A parte difícil é conseguir planear de forma a ver o essencial da ilha em 5 dias.
Aquela ilha é muito rica, com muita diversidade cultural, de paisagens e conjugar tudo é impossível.
Escolhemos Ubud, cidade-cultura, conhecida pela arte e seus artesãos, para assentar os arraiais, era o ponto de partida para todas as nossas visitas.
A forma de deslocação na ilha foi de carro alugado (muito barato), uma aventura, já vos contei neste artigo http://palmilhando.com/alojamento-conducao-e-macacos-ladroes-em-bali/
Aqui fica o roteiro:
Dia 1 |
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Tirta Gangga |
Pura Agung Besakih |
Plantação café |
Pura Tirta Empul |
Gunung Kawi Temple |
Night market Ubud |
Dia 2 |
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Jatiluwih Rice Terraces |
Pura Ulun Danu Beratan |
Gitgit Waterfall |
Sekumpul Waterfall |
Jantar Museum of Art ou Lotus café |
Dia 3 |
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Goa Gajah – Gruta elefantes |
Floresta dos macacos |
Night market – Gianyar |
Dia 4 |
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Subida ao vulcão Mont Batur ou Massagem |
Ubud Palace |
Night market ubud |
Dia 5 |
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Tanah Lot Temple |
Mudança para um Hotel perto do Aeroporto |
Praia Uluwatu |
Dança Kedac no Templo Uluwatu |
Como veem pela planificação não apostamos num roteiro de praia. Mais de cultura e natureza.
Até ao quarto dia ficamos alojados em Ubud e com carro fazíamos o percurso entre os locais a conhecer, as paisagens são fantásticas e não ficam a mais de uma hora de distância entre os destinos marcados.
No quinto dia, ficamos alojados no outro lado da ilha (mais perto do aeroporto) e resolvemos conhecer os templos daquele lado.
Demos um pulo à praia (Praia Uluwatu) e sinceramente foi uma desilusão, excetuando a temperatura da água, o mar e a praia estão cheios de pedras, sem graça, não vale mesmo a pena. Tão diferente do que os outros países asiáticos nos habituaram.
Não tendo conhecimento de causa, para quem quer explorar zonas boas de praia em Bali é aconselhado a visitar as ilhas Gili , aí paradisíacas, lindas e permite explorar todo um ecossistema marítimo, o único contra é ter que apanhar um barco que leva cerca de 2 horas a lá chegar.
O facto dos Balineses serem extremamente religiosos (Hinduísmo Balinês) permite-nos visualizar a todo o momento uma serie de ritos lindos, cheio de significado e que nos envolvem.
Todas as ruas, todos os monumentos têm uma carga de sagrado, seguem um calendário Hindu onde em todos os dias se comemora algo, então é muito fácil ver diariamente celebrações.
Os templos escolhidos (começam com Pura – que dizer templo Hindu) monumentos ou espaços de Natureza, estão todos aglomerados por zonas para haver um melhor aproveitamento do tempo.
Introduzimos também espetáculos, feiras noturnas, campo de arroz, subida ao vulcão, massagens, praia e a tão conhecida Floresta dos Macacos.
E sim, vale bem a pena o cansaço, a correria e conhecer a ilha em apenas 5 dias.
Viagem ao mundo encantado da Disney
A nossa filhota estava prestes a fazer 7 anos e resolvemos que era a altura ideal para fazer a visita ao mundo encantado da Disney.
Era tudo novo para a pimpolha – principalmente a primeira viagem de avião.
São os sacrifícios que os pais têm que fazer para integrarem os filhos no habito de viajar de conhecer culturas diferentes, agora a Disney… que sacrifício!
Como sabem não é costume comprarmos as nossas viagens em agências, mas desta vez acabamos por ceder, tinha saído uma promoção excelente, o preço era imperdível.
A viagem era de 5 dias/ 4 noites, ficamos em regime de tudo incluído, oferta de estadia da criança, transferes e viagem de avião incluída, em hotel da Disney e com acesso aos dois parques com FastPass.
Imaginem a excitação!
Chegamos ao aeroporto Charles de Gaulle – Paris, por volta da hora do almoço, em seguida fomos num autocarro tranfer todo decorado com as temáticas da Disney.
Check in no Hotel e voilá, a correr para ainda aproveitarmos um pouco do Parque.
Quando ir
Ir à Disney é encantador em qualquer altura do ano, tudo depende dos gostos de cada um e na capacidade económica.
Existem épocas do ano onde realmente os desfiles tem uma elaboração mais aprimorada, como por exemplo no Natal.
Nós fomos em setembro por vários motivos:
1 – Detesto frio e este mês é bem ameno;
2 – A partir de setembro já não apanhamos as crianças que estão de férias de verão na Europa (quase todos os Países começam as aulas em logo na primeira semana de setembro), assim apanhamos muito menos filas;
3 – Uma vez que existe uma diminuição da procura aparecem uma série de promoções que valem muito a pena.
4 – Nós fomos de segunda a sábado, foi uma boa opção. A vantagem de ir durante a semana é que evitamos as multidões. Vimos bem as diferenças no ultimo dia que lá fomos, no sábado, atrações que tinham 15m de espera, tinham filas de horas.
Os Hotéis
Existem vantagem em ficar nos hotéis da Disney, para além da magia, da decoração, da proximidade, o hospedes tem benefícios exclusivos, tal como os Fastpass, os vouchers para os restaurantes dentro da Disney, transporte gratuito de e para os parques e Extra Magic Time.
Esta ultima modalidade permite aos hospedes poderem entrar duas horas mais cedo dentro dos Parques (podemos ir aos 2 no mesmo dia), assim para alem de fugirmos das filas da entrada, podemos ir logo para as diversões mais concorridas.
- Disneyland Hotel
- Disney’s Hotel New York
- Disney’s Newport Bay Club
- Disney’s Sequoia Lodge
- Disney’s Hotel Cheyenne
- Disney’s Hotel Santa Fe
- Disney’s Davy Crockett Ranch
Os preços e qualidade destes hotéis são muito diferentes, vão desde as 3 às 5 estrelas. Nos ficamos no Santa Fé, tinha uma qualidade equivalente a um 3 estrelas, mas bem decorado e os buffets eram muito bons.
FastPass
É um sistema de passe para entrada nas diversões para os hospedes dos Hotéis da Disney. Ajuda imenso a ultrapassar as filas de espera, para aproveitar ao máximo é preciso alguma programação.
Deixo aqui as diversões que têm este método nos dois parques.
- Parque Disneyland
- Indiana Jones
- Star Tours
- Buzz Lightyear
- Space Mountain
- Big Thunder Mountain
- Peter Pan
- Parque Walt Disney Studios
- Rock’n’Roller Coaster
- Torre do Terror da Twilight Zone
- Tapetes Voadores
- Ratatouille
Alimentação
O nosso pacote era de pensão completa, incluía o pequeno –almoço (Buffet enorme e inacabável) e mais uma refeição no Hotel, tínhamos que escolher entre almoço ou jantar.
Escolhemos jantar, porque assim não era necessário sair e entrar no parque. E à noite vínhamos cansados e pensamos que a pequena também viria… mas tinha pilhas.
O almoço, comíamos nos restaurantes que existiam dentro do parque, o Hotel deu-nos vouchers para a refeição.
RER
O preço normal de refeições (menus básicos), como sandes ou hambúrguer é de 15€/ 20€, é bastante carote.
É uma linha de comboio que liga a Disney a Paris, o percurso leva cerca de 45m.
O RER A, vai da estação de Chatelet les Halles (centro de Paris) – à Disneyland: Horário das 5:20 às 00:20.
Até aos 4 anos o bilhete é gratuito, até aos 10 anos a tarifa reduzida (50%).
O preço do bilhete é cerca de 7,60€ (uma viagem)
OS Parques
Existem dois parques na Disney, ambos têm atividades adequadas aos adultos e aos mais pequenos.
Existem atrações que têm um limite mínimo de altura para poder entrar.
Mas nenhum dos dois desilude, e é encantador ver todos os pormenores de decoração do parque, dos personagens que vão interagindo com os miúdos e graúdos.
Existe uma zona de lojas onde se pode comprar todo o tipo de recordações, no entanto é necessário quase pagar um rim para conseguir levar recordações para toda a família.
O ideal é conseguir fazer a visita aos dois parques. Mas se poderem ir só a 1 penso que o parque da Disney tem as atrações mais adequadas a crianças e o outro mais para adultos.
A não perder:
As paradas – onde fazem o cortejo de todas as figuras da Disney, é encantador. É importante verificar o local por onde passam e as horas (chegar 15m mais cedo para apanhar um bom lugar).
Espectáculo Disney Illuminations, a não perder mesmo! Associa a pirotécnica ao som e as projecoes na parede do Castelo, inesquecível.
Atividades especiais
Fizemos um almoço e um jantar especial dentro da Disney.
Os avós resolveram dar uma prenda especial à nossa pequenota – um almoço no restaurante Disney Auberge de Cendrillon – Fantasyland, Disneyland Park (70€ para adultos, até 40€ para crianças).
A refeição é requintada, mas não compensa o valor, o verdadeiro encanto está nas personagens. As crianças podem interagir com as princesas e príncipes da Disney, vê-los danças, pedir autógrafos e ainda tirar fotos. É um sonho.
O jantar Show do Bufalo Bill Wild West Show With Mickey & Friends, é basicamente uma arena onde se constrói uma história do Faroeste com a presença das figuras da Disney, existem vário jogos de interação com o público. o preço fica entre os 60 e os 80€
- Published in França
Córdoba – uma bátega de cultura
Chegamos à urbe, conhecida como a cidade das três culturas.
Mas isso já sabíamos… construímos todo um programa que permitisse vivenciar e explorar o essencial em quatro dias.
O que não esperava era encontrar de forma tão autêntica uma imagem que parecia tirada de um conto de fadas, nem dava para acreditar.
Fomos passar lá o final de Ano, o que pode ser mais difícil organizar um programa cultural devido aos feriados e alguns museus estavam fechados.
A parte boa são as animadas festas de rua em Córdoba.
Resolvemos lá passar a entrada de 2020, na rua, com milhares de pessoas, ainda nem sabíamos que aquele novo ano nos iria trazer a maldita pandemia!
Existe uma tradição naquela zona do País que manda no dia anterior à passagem de ano, fazer uma sessão de treino para engolir as passas ou uvas frescas (usa-se muito lá, até se vendem latas de uvas em conserva já sem pele e sem grainhas), para acertar o ritmo com as doze badaladas.
Como a minha capacidade de coordenação é péssima, nunca consigo!
Tenho-vos a confessar que faltei ao treino e questiono-me se terei contribuído de alguma forma para esta desgraça mundial… eu e tantos outros. Quem consegue acertar com o raio das passas, neste caso uvas?????
Estava um frio de rachar, fazer este programa com aquele tempo não é para fracos! Ou então sou eu que sou hipersensível ao frio.
Córdoba é chamada de cidade das três culturas porque tem uma marca intensa influência, de Muçulmanos, Cristãos e Judeus.
O mais fascinante é que conseguimos sentir que estamos a andar dentro da própria História, olhamos para um monumento e conseguimos imaginar, quase cheirar as tantas histórias lá passadas.
Vamos lá às nossas sugestões para um programa para 4 dias:
Mesquita — Catedral de Córdoba
Preço: 10€ (crianças gratuitas), para subir à torre 2€.
Horário: Seg a Sáb. Gratuito – De 8h30min a 9h20min (hora máxima para sair).
Património da Humanidade desde 1984.
Construção da Mesquita iniciou -se em 786, na ocasião em que passou a ser capital de Al-Andaluz. Resume a evolução completa do estilo omíada na Espanha, assim como os estilos gótico, renascentista e barroco da construção cristã.
Banhos ou Hamman Califales
Horário: 08:15-20:00 ao Sábado- 09:30-18:00, encerra ao Domingo.
Preço: 3€ Crianças gratuito.
Os banhos do califado são alguns banhos árabes faziam parte do antigo Alcazar de los Califas, destruído após a conquista de Córdoba em 1236.
Bairro Judeu
Lá, viveram judeus entre os séculos X e XV. quando foram expulsos em 1492 pelos Reis Católicos.
Ruelas, comércios, a antiga Sinagoga, a Casa de Sefarad, o Zoco Municipal e o Pátio Andalusi, renderão algumas horas de visita.
Sinagoga de Córdoba
Preço: gratuito
Horário: 09:00-21:00, encerrado às segundas.
Localizada no bairro judeu, é a única sinagoga existente na Andaluzia e a terceira mais bem preservada da Espanha.
Até a expulsão dos judeus, a sinagoga de Córdoba serviu como templo. Mais tarde, foi usado como hospital e escola antes de ser reconhecido como monumento nacional no século XIX.
Capela de São Bartolomeu
Horário: 10:30-13:30 e das 15:30-18:30 festivos – 10:30-13:30
Preços: 1€ e fins de semana e feriados 2€.
É um exemplo perfeito da arte e arquitetura Mudéjar.
Torre Fortaleza de Calahorra
Preço: 4,50€ acesso ao museu. Crianças 3€.
Horário: Das 10h às 18h00m, todos os dias.
Portão fortificado no antigo centro histórico da cidade, foi construído para proteger a ponte romana.
Estábulos Reais de Córdoba
Horário: 10:30-13:30 e das 15:30-18:30 festivos e segundas – 10:30-13:30
Preços: gratuito.
Fundada em 1570 pelo rei Felipe II.
Os estábulos podem ser visitados.
Existe um show de cavalos, realizado todas as quartas, sextas, sábados e domingos com um custo de 16 euros.
Ponte Romana de Córdoba
Construída no início do século I a.C., esta ponte sobre o rio Guadalquivir é uma evidência da engenharia romana. Ultima remodelação em 1876.
Curiosidade: Em 2014 serviu de cenário para a quinta temporada do filme Game of Thrones.
Templo Romano de Córdoba
A construção do templo começou na época do imperador Cláudio e durou cerca de quarenta anos a contruir finalizando-se com Domiciano (81/96 dC).
Palácio de la Merced
Horário: Segunda a sexta-feira, das 7h. às 15:00.
Preço: Gratuito
Foi construído no século XVIII.
Alcazar dos Reis
Preço: 5€
Horário: 8h30m — 19h00.
Originalmente o Alcázar de los Reyes Cristianos era um Forte do Período Romano que posteriormente sofreu influência muçulmana e cristã.
Palácio Viana
Horário: Terça a Sábado de 10:00 a 19:00h. Domingos e Festivos de 10:00 a 15:00h. Encerra à segunda
Preço: Visita completa 8€, visita aos jardins 5€. Às quartas-feiras, visita gratuita aos pátios das 14h às 17h (as visitas guiadas ao interior do palácio têm capacidade limitada).
Os destaques da visita são, com certeza, os 12 pátios e jardins magníficos.
Casa Árabe
Horário: Segunda a Sábado de 10:00 a 19:00h. Domingos e Festivos de 10:00 a 15:00h. Encerra à segunda
Preço: Gratuito.
O edifício original data do século XIV, embora a maioria dos edifícios atuais pertença aos séculos XV e XVI.
Pousada Del Potro
Horário: 08:15-20:00, sábado 09:30-18:00, fechado às segundas.
Preço: Gratuito.
Casa onde se desenvolve os estudos museológicos sobre Flamenco e é citada em Don Quixote.
Casa Andalusí
Horário: 10:00 – 19:00 todos os dias.
Preços: Adultos 4€
Encontra-se também aqui o Museu do papel.
Museu da Alquimia
Horário: 10:00 – 19:00 todos os dias.
Preços: Adultos 6€
Casa de Sefarad
Horário: 10:00 – 19:00 todos os dias.
Preços: Adultos 4€
Museu aberto em 2005 e sediado numa casa judia do século XV.
Casa de las Cabezas
Horário: 10:00 – 20:00 todos os dias.
Preços: Adultos 6€
Local de descanso dedicado exclusivamente às mulheres.
Mercados
Mercado ‘Los Patios de la Marquesa’ – ao lado da mesquita.
Mercado Victoria – que fica nos Jardines de la Victoria.
Pátios
Património Imaterial da Humanidade.
Os pátios mais conhecidos são os do bairro de San Basílio.
Um dos que são gratuitos é o pátio 50, 20, 44.
Associação de amigos dos pátios cordovanos – Horário: todos os dias das 11h às 14h
Portas da cidade
Porta da ponte e Triunfo de San Rafael ou Puerta de Poente
Horários: Todos os dias das 10:00-14:00
Preços: 1 €
Conhecida como Arco do Triunfo pelos moradores de Córdoba, a Puerta de La Puente foi construída para comemorar a chegada do Rei Felipe II.
Puerta de Almodóvar
É a porta de uma muralha bem antiga, construída na época medieval. É uma das poucas portas sobreviventes, a mais famosa da cidade.
Praças
Praça de la Corredera – Plaza de la Corredera, um ponto de encontro dos habitantes da cidade, declarada Bem de Interesse Cultural em 1981.
O seu espaço foi utilizado para a representação de espectáculos públicos, situava-se a prisão.
Plaza de las Tendillas – A plaza de las Tendillas tem jatos de água e fonte tornam ainda mais agradável no clima quente da Andaluzia!
Plaza del Potro – Deve o seu nome à estátua de jovem potro que decora uma das suas fontes num dos extremos da praça.
Plaza Maimónides – Localizada no centro do bairo da Judería.
Museus de Córdoba
O Museu Arqueológico e sua coleção de objetos romanos descobertos em Córdoba (Horário: 09:00-21:00, encerra segunda, Preço: gratuito).
O Museu de Touradas (Horário: 08:15-20:00, sábado: 09:30-18:00, encerra segunda, Preço: 4.00€).
O museu etnobotânico e o jardim botânico
O Museu Júlio Romero de Torrez, abrigando uma coleção do famoso pintor local (Horário: 08:15-20:00, sábado: 09:30-18:00, encerra segunda, Preço: 4.00€).
A galeria da inquisição que apresenta os instrumentos de tortura usados na inquisição
Museu de Belas Artes
(Horário: 09:00-21:00, encerra segunda, Preço: gratuito).
Centro de Criação Contemporânea – Exposições e cursos (11:00-20:00, encerra à segunda, Preço: gratuito)
Casa Guadamecí Omeya – arte (10:30-14:00 e 16:30-20:00, encerra ao Domingo. Preço: gratuito)
Passes Museus Municipais
-Alcázar RR.CC + Museo Julio Romero + Baños Alcázar Califal + Museo Taurino: 12 €.
-Museu Andaluzi ¬+ Museu da Alquimia: 8 €
Foram uns dias bem preenchidos.
Não conseguimos ver tudo, alguns lugares fechados por causa da passagem de ano, mas vale muito a pena!
- Published in Espanha
Ouro de Aveiro e ainda Sal e Moliceiros
Aveiro está sempre na rota de quem visita a zona centro, e porquê?
Muitos dizem que é a Veneza de Portugal e os seus canais imperdíveis, e eu acho que… Não vou ser hipócrita, foi mesmo pelos Ovos Moles!
E acham que a razão é de menos importância??? Olhem que se enganam. Mas já vos explico.
Um dia inteiro dedicado a visitar a cidade e era difícil de escolher o que fazer, portanto, a nossa escolha recaiu num programa simples.
Manhã — visita guiada às salinas Marinha da Noeirinha
— Praia da Marinha da Noeirinha
Tarde — Oficina do Doce Workshop de Ovos Moles
— Passeio de Moliceiro
— Degustação nas pastelarias circundantes do Ouro de Aveiro (Ovos Moles).
Na hora certa lá estávamos à porta da Loja Museu da Marinha da Noeirinha (Salinas de Aveiro), para fazer a nossa visita guiada às salinas.
Fomos recebidos e lá seguimos com um senhor que era operacional na salina e explicou um pouco da história do Sal, das funções de cada parte das salinas, das ferramentas e instrumentos que utilizam, qual a altura do ano que executam cada uma das ações, um espetáculo!
Fiquei também a conhecer uma planta, que pode substituir o Sal na alimentação, dá o mesmo sabor à comida e evitando assim problemas de Hipertensão — Chama-se Salicórnia — provamos um pouco e sabe mesmo a sal.
A visita Guiada custou 5 € os adultos e 2,5 € as crianças, e teve uma duração de 40 minutos. Vale bem a pena!
Em seguida fomos para a praia da Noieirinha, é uma zona privada que simula uma praia e tem areia e uma represa que renova com água do mar conforme as marés.
A grande vantagem é a zona do fundo é de argila e permite fazer tratamentos à pele. A água para aquela zona, porque fica em represa até tem uma temperatura suportável – relativamente às praias daquela zona do País.
Pagamos por meio dia de estadia, o preço foi 3,5€ por adulto e 2€ por criança (Das 9h às 14h).
No final lá fui fazer uma visita mais atenta à Loja, tinham o sal grosso comum, que saía super barato se comprássemos em quantidade — 20kg.
Lá tentei convencer marido e amigos — mas fiquei com a impressão que me acharam bem exagerada. Não consigo perceber porquê… Resultado, não consegui sacar mais que 5 kg, mas ainda consegui trazer outros tantos de flor de sal.
E Tcham, tcham lá estávamos prestes a entrar no Workshop dos Ovos Molos de Aveiro.
Foi um pouco diferente daquilo que eu imaginei – é normal porque estávamos numa situação de alguma contenção devido ao coronavírus, o que não permitiu metermos a mão na massa. Mas em compensação a apresentação foi tão espetacular que fiquei encantada.
Consistiu na explicação da História dos Ovos Moles até à atualidade, o método de confeção e como Aveiro conseguiu desenvolver a economia através só desta marca.
Fiquei estupefacta com os dados e penso que podia ser aplicada a qualquer zona do País.
Ora vejam, parece que os Ovos Moles certificados, para a manterem e serem comercializado com este selo de qualidade exige alguns critérios.
De entre os critérios encontram-se a qualidade, condições de higiene, utilização da receita original sem desvios e muito importante — só podem usar produtos que sejam produzidos na região, ou seja, os ovos não podem ser comprados a Espanha, ou ao Algarve, assim desenvolveram a economia de forma a ficar quase sem desemprego.
Muito Obrigada Cátia pela formação!!!
Descobrimos que esta empresa, para além dos Ovos Moles produz outra doçaria e uma marca de gelados artesanais que tem os sabores representativos de Portugal, tais como: Ovos Moles, Requeijão com doce de abobora, castanha com vinho do Porto, entre outros sabores originais.
Havia uma Pastelaria mesmo ao lado que fazia crepes com gelado de ovos moles, topping de ovos moles e fios de ovos – quem resiste?
Em seguida foi a volta de moliceiro pelos canais, lindo, também com uma explicação interessante acerca da apanha dos moliços, realmente aqueles canais são mesmo lindos.
Ao observar de perto as pinturas dos moliceiros, pelos vistos, tradicionais, é que percebi que tinham mensagens… um pouco marotas!
Antes de voltarmos a casa ainda tivemos que comprar uma caixa de Ovos Moles em cada pastelaria conhecida pela boa confeção, apesar de nos ensinarem que estes são constantemente fiscalizados e todos têm que ter o mesmo sabor e consistência, tivemos que testar.
Assim, desde que sejam certificados deverão ser iguais, mas realmente o que nos admirou é que de confeitaria para confeitaria os preços são realmente diferentes … cuidado com isso!!! As mais conhecidas exageram nos preços.
No fim disto tudo entendi, porque que os Ovos Moles são o Ouro de Aveiro.
- Published in Portugal
Leitão à Bairrada! …e o vencedor foi…
Nãããããããããoooooooooooooo!
O grito dilacerante que demos depois de saber que tinha sido cancelada a viagem à Tailândia em agosto.
Sim, foi tão aflitivo porque já estávamos com a frustrados de ter sido cancelada em abril a viagem a Marrocos (sim, outra vez Marrocos! Nunca são vezes suficientes).
Claro que, no fundo, no fundo, já sabíamos que não haveria grande hipótese de fazer essa viagem, mas a esperança foi a última a morrer.
E agora? e agora? não me digam que e MeXXX do Vírus nos vai obrigar a ficar fechados em casa?? Isso nunca!!!!
Lá nos decidimos que iríamos cá ficar, visitar o nosso lindo país. Agora a pior parte seria escolher o que ver. Ele é todo lindo.
Depois de muito analisar, decidimos visitar o centro do País, porque nos dava uma oportunidade de experimentarmos uma miscelânea de paisagem e sabores, com a vantagem de termos alugado uma casa com condições catitas.
Toda a nossa viagem utilizou a casa como base e fazíamos viagens de 1 dia voltando no fim do dia.
A nossa casa localizava-se na Mealhada, que chatice lá teremos que experimentar todos os restaurantes de Leitão das redondezas… e nós que não gostamos nada. Que sacrifício Meu Deus!
Pensávamos que íamos encontrar menos movimento, mas na realidade os restaurantes estavam muito cheios, com fila para entrar. Menos mal, sempre mexe a economia.
Marcamos com antecedência para garantir as vagas nos restaurantes, menos em um deles, que lá estivemos numa fila interminável.
Fizemos um raide muito completo por várias casas de nome e renome, mais que bem-afamadas e até com” nome próprio” terminando com “dos Leitões”.
Claro que não visitamos todos os restaurantes e tascas da especialidade, mas tivemos uma boa amostra.
Foi interessante verificar que na generalidade os restaurantes têm boa qualidade e não envergonham em nada a Rota da Bairrada.
Propusemo-nos a experimentar para além da qualidade do Leitão, a cabidela de leitão, uma sobremesa local, o frisante e o atendimento.
Esta brincadeira é que não saí muito barata, o Leitão é sempre uma refeição muito cara, mas valeu bem a pena!
Pedi a todos eles se podia ver o Leitão a sair dos seus fornos tradicionais e gravar o processo de elaboração, pois tinha muita curiosidade em conhecer melhor esta receita tradicional da zona.
Na realidade todos recusaram a visita à zona dos fornos, todos menos um.
Na generalidade percebemos que existe muito pouco investimento ao nível das sobremesas tradicionais, apenas dois dos restaurantes tinham algo só da zona – o conhecido “Morgado do Bussaco” – depois de o experimentar nunca mais vou ser a mesma.
O Morgado é feito com uma espécie de panquecas feitas com farinha de noz, recheado e coberto de Ovos Moles! Bem… já viram bem a loucura de sobremesa.
Penso que deviam investir mais nesta área e oferecer doçaria da zona para que se tornasse mais atrativo, por norma os restaurantes têm as normais e aborrecidas sobremesas, como doce da casa, musse de chocolate, gelados, etc. E digo-vos, muitas dessas nem pareciam caseiras.
Quanto aos Leitões estavam todos muitos bons, sem razão de queixa, mas sem dúvida que se nota diferença naqueles que têm matadouro próprio dos que não têm, será um fator a investigarem quando quiserem marcar uma degustação num desses restaurantes.
Os vinhos frisantes ou espumantes da zona, eram muito bons e sinceramente as cartas pareceram-me todas com qualidade.
O atendimento foi com alguma qualidade, se bem que em restaurantes com salas muito grandes, que recebem demasiadas pessoas ao mesmo tempo, deixam de ter um atendimento mais personalizado, perde um bocadinho a essência da experiência.
Assim, e ponderando todas estas questões… no final não tivemos quaisquer dúvidas e o vencedor foi… O Pic-nic dos Leitões.
Motivos da Vitória:
— Casa mais pequena, de gestão familiar e permite um atendimento personalizado, sentimos a experiência como única.
— A carta de vinhos era muito completa, mas é um fator de equilíbrio com os outros.
— Mostraram logo disponibilidade em nos receber, mostrar as instalações e a confeção — nenhum dos outros permitiu.
— Matadouro próprio.
— A higiene no local de confeção dos leitões, a zona de saída dos fornos, estava impecavelmente higienizado, impressionante!
— Perante o nosso interesse falaram-nos da história deste restaurante familiar e tiraram todas as dúvidas, por muito idiotas que parecessem.
— A sobremesa tradicional (Morgado do Bussaco) da zona estava de comer e chorar por mais, sinceramente neste ponto foram os claros vencedores.
— O leitão estava soberbo, pele estaladiça e o molho de pimenta realmente destacava-se.
— A cabidela de Leitão foi a melhor de todos os restaurantes.
E assim foi a nossa aventura de degustação pelos restaurantes da Bairrada, e que aventura, resultado… uns quilitos a mais!!!
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Doi Suthep – Templo Dourado no topo da Montanha
Este templo é o mais emblemático e um dos mais visitados de Chiang Mai, encontra-se localizado no topo de uma montanha a oeste da cidade e foi construído no Sec. XIII a uma altitude de 1000m.
É vulgarmente conhecido por Wat Doi Suthep, que é o nome da montanha que se encontra localizada a cerca de 15 km do centro da cidade.
Como ir?
Alugámos uma mini-carrinha, TukTuk coletivo por meio-dia, pelo valor de 100 baht por pessoa (éramos 5). Ficou combinado que o motorista nos levava e esperava por nós para regressamos ao hostel. Saiu barato 500 baht ida e volta, mas com uma negociação férrea.
A essas carrinhas típicas chamam-se Red Sangthaew, são vermelhas e tem os bancos corridos nos dois lados da carrinha.
O ideal é agendar meio dia para fazer este passeio.
A nossa aventura começa, um percurso que deveria levar 30m levou quase duas horas, ficámos muito tempo parados em filas infindáveis. Esta estrada é altamente sinuosa.
No inicio não entendemos aquela agitação anómala, só víamos grupos enormes de jovens a subir a pé a montanha, de carro, de mota, enfim… o que seria?
Já dizíamos mal da nossa vida, questionávamos a toda a hora porque tínhamos escolhido aquele dia.
Finalmente chegámos a base do templo, e havia festa… milhares de estudantes universitários, vestidos de traje estudantil e bandeiras, sombrinhas, faixas de tecido, todos decorados conforme as cores de ano e de curso.
Um espetáculo lindo de se ver, pelos vistos este era o motivo do atraso, e valeu bem a pena!
Deparámo-nos com um espetáculo visual e musical também.
Chiang Mai é uma cidade universitária e percebemos que era a festa de inicio do ano, que tinham estudantes já vestidos de traje e outros sem traje, esses a subir a montanha a pé, significa… praxes!
E agora, subir ao templo?
Deparámo-nos com umas escadas em forma de serpente, com 309 degraus para chegar ao templo, xiiii.
Os rapazes lá resolveram subir a pé, nós descobrimos que ao lado do templo existe um funicular, boa!
Ficamos à espera imenso tempo, pois a fila para o funicular era enorme, eles já lá tinham chegado em cima e nós ainda à espera, mas valeu a pena, livrámo-nos das escadas.
Chegados lá em cima temos uma vista sobre a zona rural e também a cidade fabulosa, vale mesmo a pena!
Este templo tem uma Stupa, dourada, linda. Stupa é uma estrutura arquitetónica em forma hemisférica e onde se metem os restos mortais dos monges e serve de local de culto.
Em volta existe um pátio com vários outros locais de culto, e uma série de estátuas de Buda.
Preços
A entrada para o templo custa 30 baht e o elevador custa 10 bahts. Foi uma aventura inesperada e francamente agradável! Apesar do trânsito tivemos uma experiência inesquecível.
- Published in Tailândia
Jatiluwih – terraços de arroz em Bali
Bali é uma ilha Indonésia fantástica porque tem um menu para todos os gostos.
A viagem pode ser unicamente cultural, espiritual, de natureza, praias, quintas, vulcões, que mais se pode pedir?
Outra característica é poder também ser para todos os bolsos, nesta ilha consegue-se a preços milionários (eh, eh eh, qualquer pessoa é milionária nesta ilha devido ao valor da conversão da moeda) ou minimalistas, alojamento.
Quem já nos segue sabe que adoramos fazer viagens de forma independente, esta foi mais uma delas!
Os terraços de arroz estavam no nosso roteiro, era impensável não o fazermos, agora o problema que estava em cima da mesa era decidir qual visitar.
Qual dos Terraços Visitar?
Tegallalang – perto de Ubud e fica numa vila de artesão, com bastante apoio de cafés e restaurantes.
Jatiluwih – perto de Ubud, encostas sul da cordilheira de Batukaru em Bali ocidental.
Sidemen – fica a duas horas de Ubud.
Rendang – fica em Bali oriental, numa encosta da cordilheira com boas vistas panorâmicas.
Pererenan – mistura arrozais com praias exóticas na vila de Canggu.
Pupuan – terraços de arroz e plantações de cacau em Bali ocidental.
Munduk- fica no norte de Bali e tem uma enorme extensão de arrozais.
Soka – Bali ocidental.
Nós escolhemos visitar Jatiluwith, por uma questão de conveniência. Fica perto de Ubud, onde estávamos localizados e permitia visitar Ganung Batukaru.
Na altura em que fomos não haviam turistas e parece menos explorada que Tegallalang, e as vistas altas fantásticas.
É também considerado o maior e mais pitoresco campo de arroz.
Como chegar?
Existem várias formas de lá chegar, conforme o vosso gosto ou conveniência.
Alugar mota – sai muito barato, cerca de 6€ / dia, mas o transito é de loucos.
Alugar carro com motorista – o preço fica mais ou menos (depende da sua capacidade de negociação), 45€ por dia com carro, gasolina e motorista.
Alugar carro – Claro que foi a nossa opção, um carro de 7 lugares de não chegou a 20€ por dia (numa operadora local), fica muito mais barato e permite-nos uma maior liberdade.
Atenção: A condução nesta ilha é altamente perigosa é necessário ter alguma experiência e atenção.
Para conduzir é obrigatório ter carta internacional, que pode tratar diretamente no IMTT ou no ACP.
Qual a melhor época para visitar?
Os especialistas aconselham visitar os terraços de arroz em Bali é entre fevereiro e abril, meses que as plantas de arroz estão grandes e altas e tudo é mais verdejante.
No entanto nós visitamos no inicio de setembro e sinceramente a visão foi fantástica, eu diria que qualquer altura é boa.
Os terraços de Jatiluwih
Jatiluwih é um terraço com 600 hectares de plantação de arrozais, seguindo a topografia da encosta da cordilheira de Batukaru e está inserida numa zona das 5 áreas classificadas pela UNESCO, como patrimônio cultural mundial.
Encontra-se a 700 metros acima do nível do mar, perto das montanhas Batukaru.
São mantidos por cooperativas tradicionais de gestão da água que datam do século IX, o método de irrigação tradicional secular chamada subak.
O interessante neste método é estar intimamente ligado à espiritualidade. Os campos de arroz estão em socalcos e todos eles tem templos de agua.
Esta área é o único lugar no mundo que tem três colheitas anuais de arroz – o que é extraordinário!
Plantam de vários tipos de arroz vermelho e preto, mas também coco, café, banana, durian e especiarias.
Como a zona é montanhosa, a estrada é estreita e sinuosa, o que permite contemplar cenários verdejantes ao longo do caminho.
A entrada foi gratuita e permite-nos fazer o percurso por três trilhos por entre os campos de arroz, apreciar o ambiente verdejante, as plantas, os riachos, uma maravilha. O percurso exige algum esforço por ser em altura.
É Bali rural no seu melhor.
- Published in Indonésia
Kompong Khleang – A vida na Aldeia Flutuante
O Lago Tonle Sap é de água doce e é inundado sazonalmente.
Nas margens deste Lago encontramos aldeias de parafitas ou flutuantes, as casas são sustentadas por estacas de madeira para elevar e proteger das cheias que acontecem na época das chuvas ou sustentadas por bidões.
No Lago existem mais de 170 aldeias flutuantes, com 80.000 habitantes, sendo as mais conhecidas:
- Chong kneas floating village.
- Kompong khleang floating village.
- Kampong chhnang floating village.
- Kompong phluk.
- Mechrey floating village.
Nós optamos por visitar a Kompong Khleang, porque é das aldeias menos visitadas, com pouquíssimos turistas, portanto mais autêntica.
Atenção que as aldeias mais turísticas são muitas vezes expostas a esquemas de orfanatos falsos, onde se pede para contribuir com dinheiro para comprar comida ou bens.
Podemos visitar a aldeia em qualquer época?
Sim, mas…
Dependendo da época do ano podemos obter experiências diferentes.
Na época seca (novembro a maio), é possível visitar a aldeia através de ruas de terra batida, porque o caudal do rio que verte para o lago fica muito reduzido.
Na ápoca das chuvas (junho a outubro), podemos fazer a visita de barco, mesmo pelo interior da aldeia.
Como ir?
Existem várias formas de fazer esta visita:
– Comprar a excursão numa agencia de viagem de ida e volta de Siam Reap. Estas agências vão visitar vilas mais conhecidas e turísticas.
– Fazer percurso de forma mais independente, alugar carro ou tuk tuk e escolher a aldeia que se quer visitar.
Nós resolvemos alugar uma Van com motorista para o nosso grupo, da parte da manhã visitar o templo Beng Malea (Indiana Jones) e depois seguir para esta vila menos visitada (Kompong Khleang).
A vantagem de não ter intermediários (agências) é: a visita é mais personalizada e sabermos que o dinheiro dos passeios é exclusivamente para os habitantes da aldeia. Para além de sair mais económico.
A Nossa Experiência
Kompong Khleang é uma enorme comunidade flutuante e localiza-se a aproximadamente a 50 km de Siem Reap.
É uma ótima opção se pensarmos em visitar Bang Malea ou como mais conhecido Templo do Indiana Jones (parece mesmo que entramos num filme) para aproveitarmos o dia.
A duração de visita à aldeia é de meio dia.
As casas são feitas de madeira assentes em estacas de parafitas de 4 metros de altura.
Chegamos perto do cais onde se encontram os pescadores com os seus longos barcos tradicionais a motor.
O custo por pessoa é cerca de 20 Dólares, e o passeio demora cerca de 2 horas.
Escusado dizer que foi uma experiencia incrível, ver as arvores cobertas de agua barrenta, ficando só a copa de fora, inúmeras espécies de aves, o silencio do rio, bom, só foi eleito como Reserva da Biosfera da UNESCO em 1997.
Tonle Sap é a maior massa de água doce interior do sudeste da Ásia.
Esta é das aldeias que atrai menos turistas, devido à distância e porque não é tão apetecível para o lucro das empresas turísticas (não existem restaurantes e lojas de souvenirs), apenas a realidade.
Para quem procura uma experiência mais crua e autêntica é a aldeia ideal.
A verdadeira luta deste Povo
Nesta aldeia moram cerca de 14.000 pessoas.
A economia desta comunidade assenta na pesca, agricultura e dos poucos turistas que a visitam (cerca de 10 por dia, noutras aldeias muito mais).
Embora se tenha uma abordagem romantizada destes locais, porque são bonitos, a verdade é que estes habitantes não têm acesso a eletricidade, agua canalizada e espante-se… nem sequer a cidadania.
São considerados estrangeiros não imigrantes. Ou seja, não são reconhecidos como cidadãos – são Apátridas.
Como consequência do não reconhecimento pelo estado, não podem sair deste ciclo de pobreza absurdo.
As crianças nascidas no Lago Tonle Sap não têm sequer direito a certidões de nascimento. Assim não podem integrar as escolas públicas.
Nestas aldeias construíram as próprias escolas primárias onde algumas crianças aprendem paralelamente ao ensino do estado. A taxa de alfabetização é cerca de 50%.
A sua maioria pertence a três grupos étnicos vietnamitas, Khmer e Cham.
A pobreza é visível a olho nu, as pessoas vivem do rio e para o rio, lavam-se, utilizam aquela água para consumir, utilizam como casa de banho… não é por acaso que a esperança média de vida é de 50 anos.
Para se ter consciência cada família de Tonle Sap tem um rendimento anual de 500 dólares.
Esta visita permitiu-nos uma compreensão mais profunda da vivência do Lago. Ficamos um sentimento misto, agridoce, por um lado a miséria por outro a riso das crianças que é próprio de um povo livre.
- Published in Camboja