Percurso gastronómico em Kuala Lumpur
Apesar de estarmos muito pouco tempo em Kuala Lumpur eramos incapazes de não fazer o tão habitual roteiro gastronómico.
Para quem já nos acompanha sabe que as viagens conquistam-nos, também, pela barriga.
A culinária malaia reflete a sua história cultural, é um conjunto de mistura de sabores onde convivem várias influencias. É tão multicultural como o seu povo.
Tem influência chinesa, indiana, tailandesa, árabe e em províncias específicas podem saborear-se pratos com cheiro a outras culturas, tal como em Malaca nota-se a influência Portuguesa.
O Prato que é considerado como nacional é o Nasi Lemark, é feito com arroz cozido em leite de coco, anchovas fritas, amendoins, pepino, molho picante e ovo. Esta é a versão tradicional, mas é comum existirem algumas variantes.
Em Kuala Lumpur é muito fácil encontrar qualquer restaurante ou barraquinha se estivermos com fome, aliás, à luz de qualquer país asiático.
É muito natural vermos uma série de restaurantes com indicação de comida Halal, uma vez que é um país muçulmano, no entanto existem restaurantes indianos e chineses não Halal e convivem sem conflito.
O álcool também é restringido nestes restaurantes, nos outros é vendido, mas é caro, implementaram esta medida para desincentivar o consumo.
No centro da cidade encontrarmos restaurantes a laborarem 24 horas por dia. O que não acontece nas ilhas, fecha tudo muito cedo.
Para conseguirmos abarcar os principais cheiros e sabores em pouco dias resolvemos ter uma atitude radical – Um guia local!
Normalmente gostamos de explorar por nós, excursões e guias não estão, por norma, dentro do nosso conceito de viagem.
Mas desta vez resolvemos experimentar um guia, mas noutra modalidade.
Contactamos a https://www.withlocals.com/
Escolhemos um guia, um percurso de duas horas (ultrapassou o tempo), ficou mais barato, por sermos um grupo grande (eramos 7 pessoas).
Encontramo-nos na estação do Monorail Station Bukit Bintang, e na hora marcada lá estava o nosso guia Sidozz.
Estávamos prontos para explorar a gastronomia.
Deixamos aqui o roteiro:
Início | Ponto de encontro – Estação Bukit Bitang |
Paragem 1 | Hutong Food Court |
1ª Degustação | Cha Shao Bao – um churrasco cantonês – pão cheio de carne de porco |
2ª Degustação | Sopa de Curry de Frango |
Paragem 2 | Jalan Alor |
3ª Degustação | Dim Sum – comida servida em pequenas cestas de vapor |
4ª Degustação | Satay Lok Lok é um tipo especial de satay malaio |
Paragem 3 | Restaurante Local Mamak |
5ª Degustação | Paper Dosa – panqueca indiana feita de arroz |
6ª Degustação | O tarik (literalmente “chá puxado”) – uma bebida quente do chá do leite |
Todos estes pratos de degustação e a visita guiada tiveram um custo de 10€ por pessoa.
Foi muito interessante uma vez que para além de nos explicar os pratos, tivemos a oportunidade de falar acerca da cultura, da forma de viver da população, das dificuldades sentidas, de uma forma muito aberta.
Achamos o serviço excelente e superou a expectativa, mas só experimentamos este serviço uma vez, não podemos aferir se será sempre assim com esta qualidade.
Como passamos por inúmeros restaurantes e ficamos com água na boca ao ver outros pratos, depois da visita voltamos a Jalan Alor e ainda fomos petiscar mais umas coisitas.
A gastronomia é mesmo muito variada e rica, nem 3 meses dava para podermos experimentar tudo, mas penso que a amostra foi bastante satisfatória.
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Batu Caves – de tirar o fôlego (literalmente)!
Esta viagem à Asia foi alucinante, fizemos 3 países, 10 voos em 19 dias, muito cansativa, os dias estavam demasiado preenchidos, mas valeu mesmo muito a pena.
As Batu Caves foi a escolha para a primeira visita que programamos para a Malásia.
Localizam-se a cerca de 18 km a norte de Kuala Lumpur, e foi uma das atrações eleitas por vários motivos:
– Espaço de peregrinação Hindu num país Muçulmano;
– Magnitude do espaço;
– Um dos Santuários Hindus mais importantes fora da Índia.
Neste local existem sempre muitas peregrinações.
No festival Thaipusam (que também é aqui comemorado), enche-se de flores e de cores.
Quem poder ir, não perca! Realiza-se no mês de janeiro ou fevereiro (tem a ver com a lua cheia), devem conferir a data exata em cada ano.
Fomos de Uber ou Grab (já não me lembro), que nos deixou numa rua paralela.
O pequeno percurso foi muito agradável pois haviam barraquinhas de um lado e de outro, famílias inteiras a trabalhar na ornamentação e elaboração de colares e oferendas de flores coloridas.
Quando lá chegamos a primeira coisa que avistamos foi a gigantesca estatua dedicada a Kartikeya, que é o Deus da guerra (é a maior do mundo dedicada a esta divindade).
Esta estatua é grandiosa, tem cerca de 40 metros de altura e está pintada toda de dourado o que se torna ainda mais impressionante.
Por detrás da estatua avista-se o “Calvário”… Estou a falar de subir 272 degraus, com uma inclinação muito elevada, muito calor e humidade… que meu Deus, é mesmo de tirar o fôlego!
Já no meio do percurso e depois de ter parado umas dez vezes, olho para esta placa (tirei foto) acreditam nisto??? Se é proibido fazer exercício, o que chamam que é subir esta escadaria toda?
No cimo das escadas encontram-se grutas com 400 milhões de anos, e lá dentro podemos ver 3 templos dedicados a alguns Deuses Hindus.
Mas a humidade da caverna compensa-nos do sacrifício da subida, tão fresca, que bom!
Para os menos corajosos, podem ficar cá em baixo á espera.
Existem imensos restaurantezinhos, com cocos, comida, venda de bugigangas, dá perfeitamente para entreter enquanto se espera.
Ao descer no lado direito existe outra caverna, com visita guiada – Dark Cave, tem um custo de 35 MYR para adultos e 25MYR para crianças. Os guias explicam-nos todo o ecossistema (flora e fauna) e formações minerais daquelas cavernas. Quem se interessa por este tema é engraçado.
Como ir:
Táxi, Uber ou Grab – 5€ por viagem.
Transporte público – Apanha-se o comboio até à Sentral Station e outro comboio até Batu Cave, o preço é 2MYR (um euro e pouco).
A viagem de comboio é muito confortável e peculiar também – observem bem a foto.
A carruagem que estávamos era só para senhoras, só quase no meio do caminho é que nos apercebemos. No nosso grupo, existiam 3 homens e lá estavam a incumprir as regras também – mas ninguém foi capaz de nos corrigir, nem olhar de lado.
Nota: cuidado com os bens, pois andam por lá muitos macacos à espera dos turistas mais distraídos.
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