Alojamento, condução e macacos ladrões em Bali
Bali é a ilha da Indonésia que escolhemos porque conseguia satisfazer todos os nossos interesses, é muito completa em relação à sua diversidade, quer cultural, quer ambiental.
Fizemos um percurso onde esteve inserido passagem pela zona rural, montanha, praia, vilas piscatórias, cascatas e tudo isto com monumentos à mistura.
Alojamento
Relativamente aos alojamentos, existem respostas para todos os gostos, desde os mais refinados hotéis até às Guest Houses mais modestas.
Nesta viagem fomos em modo Low Cost, uma vez que planeamos passar por vários países e teríamos que moderar o investimento.
Em modo poupança, em Bali, conseguem-se encontrar alojamentos baratos com a qualidade mínima.
Como ficamos sediados em Ubud e tínhamos carro alugado (mais à frente conto esta aventura), resolvemos fazer percursos de ida e volta aos pontos de interesse. O objetivo em termos de alojamento era ser limpo, com casa de banho e pequeno-almoço, sem luxos e a bom preço.
Após muita investigação, lá arrisquei, encontrei uma Guest House que estava bem avaliada pelos viajantes, tinha um custo cerca de 10€ /noite (quarto duplo). Épaaa!!! Vamos nisso, reservado!
Após o meu ataque de coragem, fiquei com pensamentos ruminantes, com medo que fosse dar buraco, foram 10€ e a minha filha não pagava porque dormia na cama existente. Assim, fazendo contas ficava 3,3 por noite com pequeno almoço incluído. Não vai correr bem…
Chegamos lá à noite, o primeiro desafio foi estacionar, Ubud é uma cidade muito turística e agitada.
Como era já tarde e havia pouca luz não fiquei com uma ideia muito concreta do local, apenas fizemos o check-in e fomos diretos para os quartos.
Quando nos levantamos de manhã podemos apreciar bem a beleza do jardim (em frente aos quartos), com telheiro, mesas baixas, mesmo chill out. Ao pequeno almoço, podíamos escolher 1 de 10 opções, por exemplo: sumo natural de melancia com panqueca, ou torrada, ou omelete, etc. Muito saboroso.
Todos os quartos tinham casa de banho, ventoinha, toalhas – o básico! A casa de banho não tinha porta, apenas cortina, daquelas coisas engraçadas… Era muito limpo, enfim, não se pode ter tudo!
A equipe era ótima! Aproveitamos para colocar a roupa a lavar e passar (saiu muito barato, cerca de 2€/quilo), no dia de manhã seguinte tinha a roupa em cima da cama.
Vendiam as mais variadas excursões, o meu marido e amigos compraram a da subida ao vulcão.
No dia da excursão fiquei no hotel, estava com febre e dores de garganta, a minha filha ficou comigo e com uma amiga. Aproveitei para mandar vir o almoço do hotel, cerca de 3 euros.
Esta foi a nossa opção por ser limpo, barato, bem localizado e com uma série de serviços. No entanto existem hotéis belíssimos com elevada qualidade e muito baratos comparando aos padrões Europeus.
Formas de Deslocação
Na ilha existem várias formas de deslocação, mas essencialmente passa por alugar carro, mota ou carro com motorista porque os transportes públicos são escassos ou quase inexistentes, não é por acaso que existe um exagero de trafico.
Os viajantes têm várias opções: alugar mota, carro ou carro com guia.
Para conduzir lá é obrigatório ter carta internacional, que pode tratar diretamente no IMTT ou no ACP.
Muitos viajantes acabam por alugar veículos sem carta internacional, consegue-se facilmente. Mas podem existir alguns problemas… ser apanhado pela polícia ou existir algum acidente (que são muito frequentes naquela ilha).
Se for mandado parar consegue-se resolver “a bem” com a polícia, por meia dúzia de tostões. Mas sinceramente, em caso de acidente, a situação complica-se e não vale a pena arriscar.
Quando chegamos ao aeroporto, lá estava o funcionário da rent-a-car à nossa espera, e qual não foi o nosso espanto… entregaram-nos um carro cheio de riscos, amolgadelas e sem as peças que tapam os espelhos retrovisores, sim… os fios estavam à mostra!
Tive relutância em receber o carro, com medo que nos acusassem de estragos. Após uma autêntica sessão fotográfica ao carro (para fazer prova) e depois de o senhor nos garantir umas 100 vezes que não havia problema, ainda pintei todo o formulário de anomalias… parecia mais uma pintura abstrata de uma criança de 3 anos.
Rapidamente entendemos porque o carro estava naquelas condições… já conduzimos em muitos países. Mas este!? Motas por todo o lado, sem ordenação ou cumprimento de regras de transito, meu Deus era a loucura Total!
Alugar carro em Bali saí muito barato, e é confortável porque podemos fazer os percursos que entendermos, mas o condutor tem que ser muito experiente e ter sangue frio. Aquilo é pior que o GTA.
Correu tudo bem, não houveram acidentes, mas muitos sustos… tivemos apenas um incidente…
Macaco ladrão e uma valente dor de barriga
Estávamos parados num miradouro a observar a paisagem, aproxima-se um macaco, rouba uma das peças do espelho retrovisor que estava à mostra, ainda tentamos impedi-lo, mas ele reagiu agressivamente.
Fez-se silêncio, ficamos abismados a olhar, o animal rapidamente pegou na peça, como se de um tesouro se tratasse e engole-a, aiii, mãe do céu… para além de termos que pagar a caução ainda vai o animal passar uma má noite.
Quando entregamos o carro explicamos o acontecido, mas de uma forma descontraída mandou-nos embora, parece que mais peça, menos peça… assim o único que se pode ter queixado foi o ladrão do macaco!
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Na Capadócia com a cabeça nas nuvens – a incrível experiência de andar de balão de ar quente em 8 Fases
Muito antes de colocar o meu pé no avião, aliás muitos meses antes, passo por uma fase de meticulosa preparação da viagem e escolha de locais e atividades.
Tenho que vos confessar que nesta viagem à Turquia, a tão afamada viagem de balão de ar quente foi uma das atividades que me despertaram dúvidas e mais dúvidas.
O motivo da incerteza prendia-se com duas questões:
- A segurança (levo a minha filha de 10 anos comigo);
- O preço (para três fica um bocadito carote, será que vale a pena o investimento?).
Comecei por ler os 5 milhões de artigos de Bloggers, todos falavam maravilhas e estavam encantados, essa parte já tinha percebido… eu não tinha dúvidas da beleza das paisagens.
As minhas incertezas prendiam-se com a segurança… na verdade, não adiantava muito ler esses artigos… pois todos os autores tinham sobrevivido.
Após a minha saga de procura de respostas, resolvi arriscar, tinha decidido embarcar nesta aventura com a minha família e amigos.
Primeiro passo: voltar a ler os blogues, segundo, e aqui é que são elas… compro lá na hora ou antecipadamente?
Resolvi ir com a viagem comprada daqui, assim poderia escolher a empresa que me parecesse ter uma melhor qualidade preço e segurança.
Depois de muitas pesquisas, troca de emails para várias empresas, tive um ótimo feedback desta, levaram menos de 1 dia a responder às minhas dúvidas e anseios (olhem que foram algumas, vá, muitas), fizeram-me sentir segura. Obrigada Nicole, pela paciência!
Quem quiser saber mais, aqui tem a página.
Como foi a experiência em si? Vou-vos contar passo a passo.
Fase 1
Recebemos esta mensagem, via email:
Our shuttle will pick you up from Hotel between 4:25 to 4:35 tomorrow morning.
It is recommended to carry light jacket and hat; the weather could be quite chilly – temperature in the morning can be as low a 14 degree Celsius. Also it is recommended to wear comfortable shoes, as you will climb into the balloon basket!
Whatttttt???
Tão cedo, isso implicava levantar as 3h45m, aíii mãezinha e não percebi essa dos sapatos confortáveis… ia perceber mais à frente.
Fase 2
Fomos recolhidos pelo autocarro de 12 lugares em frente ao hotel, na hora certa por um simpático motorista chamado Cagr e nos levou para um edifício bem decorado onde havia uma receção e um buffet.
Fase 3
Pagamento e pequeno almoço muito bem servido, para ganharmos força para o que aí vinha.
Fase 4
Aqui começa a verdadeira aventura, ainda de noite no local onde levantamos estavam os técnicos a encher o balão de ar quente, com ventoinhas. Foi lindo ver no escuro a luz da chama que enchia os vários balões é realmente arrebatador.
Fase 5
Esta é a parte que ninguém conta, aí é muito lindo e tal e as dificuldades?
É uma experiência que me faz comparar a que tive na amamentação, tão lindo o vínculo que se cria, sim, mas ninguém contou que doía como raios.
Após o bonito espetáculo de encher o balão, o simpático piloto Halis – este é o co- fundador da empresa, simplesmente comunicou – podem subir!
E eu, está bem, aguardei pelas escadas. Afinal tinha escolhido o plano de voo conforto!
Quando começo a olhar para o cesto, era enorme, chegava-me ao peito, com uns buracos na cesta e o resto o grupo a subir pelo cesto acima.
Bolas! Era por isso que recomendaram sapatos confortáveis. Explicaram-me o processo tão bem e esqueceram-se de me dizer a experiência incluía escalada. Naquele momento só me apetecia desistir, aquela aventura não é para pessoas robustas como eu, mas olhei para os olhos brilhantes da minha filha e … seja o que Deus quiser.
Tomei tanto balanço que quase caí de cabeça dentro do Cesto.
Fase 6
O piloto deu-nos uma palestra com instruções que devíamos cumprir para manter a segurança.
O passeio durou uma hora, vimos o nascer do sol já no ar. Para além da beleza natural e única da paisagem da capadócia, o que torna este passeio diferentes é o céu preenchido de cores de outras centenas de balões que sobrevoam os céus da Capadócia.
Enquanto apreciávamos a beleza natural tivemos o prazer de ouvir o piloto descrever os locais por onde passávamos, descer quase a tocar no chão, até aos vales, era mesmo muito habilidoso. Tornou o passeio muito interessante.
Fase 7
Aterragem, incrível! Eu não tinha noção da precisão, mas o balão aterra mesmo em cima do atrelado do carro que o vai transportar – a sério, é preciso arte!
Depois de aterramos, tivemos o prazer de ouvir uma descrição muitíssimo interessante acerca da constituição da empresa, em que o piloto era o cofundador, da enorme experiência do mesmo e também de como se processa.
É necessário cumprir uma serie de normas e existem regras muito rígidas, como curso de piloto, cumprimento das ordens para levantar voo, manutenção, altura máxima que se pode voar, e existe um aparelho regista todos estes movimentos.
No final da viagem o piloto lê-nos esse relatório.
Ficamos a entender que ao nível de segurança este passeio é mais seguro do que parece.
Fase 8
Entrega de diplomas e abertura de champanhe.
Em súmula, depois desta experiência inesquecível o desafio vai ser arranjar outra tão marcante.
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