Memórias e curiosidades de uma viagem à Índia
Ir à Índia, como em qualquer outra viagem, pode ter variados objectivos. Nesta, da qual vos dar alguns apontamentos, queria conhecer o triângulo Delhi, Jaipur e Agra e regressar a Goa — onde já tinha estado, via Mombay — sem esquecer a gastronomia local e a bela cerveja “Kingfisher”.
Há alguns anos que dispensei os serviços das agências de viagem, mas admito que sejam úteis a viajantes menos experientes. Por isso, tal como em tantas outras, os bilhetes e a hospedagem foram tratados “online”.
Como o meu voo só chegava a Delhi cerca da meia-noite, reservei quarto num hotel, que me garantia (oferta) o “transfer” desde o aeroporto, onde acabei por ficar duas noites que me permitiram visitar, utilizando uma viatura com condutor, muitos locais interessantes da cidade, entre hindús e muçulmanos. Estes últimos não apreciam muito estranhos nos seus locais. Vê-se pela cara.
O mesmo motorista conduziu-me, então pelo percurso Jaipur — Agra, levando-me para os locais previamente escolhidos por mim, palácios, templos e elefantes — para avivar memórias africanas — dispensando macacos e cobras.
É uma viagem que vale a pena, recomendando-se que seja organizada de forma que se visite o Taj Mahal à tarde e, na manhã seguinte voltar a visitar, antes da partida para o regresso a Delhi, para se poder verificar a diferença de cores dos mármores do monumento ao longo do dia. Este passeio pode ser prolongado por cidades circundantes, que me dizem ter também interesse, se houver tempo ou não houver interesse em visitar Goa, que ainda fica a umas horas de voo doméstico.
DELHI – Tirando as ruelas e vielas sórdidas que fazem escoar o trânsito, em Delhi as ruas e avenidas tem 2, 3, 4 faixas em cada direcção – mais umas ruas laterais com uma faixa em cada direcção. Para acolher parte dos 26 milhões que vai para a rua, por sua conta e risco. Criaram ainda mais 2 ou 3 vagas paralelas às faixas enunciadas, conduzindo-se com buzinadelas que avisam que, ultrapassada por meia roda, determinada viatura tem de dar passagem à quem vem de outra faixa. O condutor do transfer que me levou do aeroporto ao hotel explicou-me, torcendo o torso para a traseira e largando o volante para sublinhar a sua opinião com gestos largos, que a culpa daquele caos era dos taxistas em geral e dos condutores civis em particular, que se metiam no trânsito sem respeitar o trabalho dos transferistas de hotel, os únicos que cuidavam do bem-estar dos seus queridos passageiros, de quem dependiam para viver. Ai se só houvesse transferistas nas ruas de Delhi! Se calhar, nem era preciso apitar. Enfim, respeitáveis opiniões…
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POLUIÇÃO – Um centro de medição de gases poluentes. Quem diria que a poluição era uma preocupação em Delhi!
BUZINADELAS — 90% dos camiões que circulam por estradas da Índia são decorados à mão e nas traseiras exibem a frase “Blow Horn” (buzinem). Haverá por aqui algum condutor que necessite de tal incitamento?
DEUSES – Os hindus têm diversos deuses, sobre os quais me vou pronunciar noutros posts. Começo pelas vacas sagradas que podem circular pelas propriedades privadas e públicas, como estradas, por exemplo. Contaram-me que, na Índia, ninguém come carne de vaca. Ninguém, é como quem diz: em aldeias rurais distantes, com maiorias cristãs, pagando à polícia, há quem coma carne de vaca. Consternado com a história garanti ao meu interlocutor que eu, na Índia, jamais seria capaz de comer carne de vaca.
MATADORES DE MOSCAS – Nos aeroportos indianos, há a preocupação com as moscas que transportam e transmitem doenças. Equipados com raquetas electrificadas percorrem as salas de espera dos voos dando cabo das moscas todas. A missão é tão séria, que os matadores são acompanhados por observadores que lhes indicam as posições das moscas e com quem discutem as estratégias para as apanhar.
PEREGRINACÂO – Em Domingo de Páscoa, quero testemunhar que os hindus são extremamente religiosos. Há pequenos altares em quase todos os lares e templos nas ruas não muito distantes uns dos outros. Em comum com os católicos, os hindus também fazem peregrinações. Na imagem, um grupo que se dirigia, a pé, para um festival a 200 quilómetros de distância.
FORNOS CONSTRUÍDOS COM DEJECTOS DE BÚFALO – Na Índia, os búfalos não são sagrados e contribuem para a economia de diversas comunidades fornecendo-lhes a sua força na agricultura, nos transportes, bem como o seu leite, importante na nutrição dos locais, além de os seus dejectos servirem para construir fornos comunitários e também como combustível para os mesmos, em forma de placas redondas – também feitas carinhosamente à mão – que o fogo carboniza e permite cozinhados em panelões de ferro. Ao longo das estradas, junto aos ajuntamentos populacionais, vemos fornos e placas à venda. Não provei nenhuma refeição assim cozinhada, mas também não tenho razões para duvidar dos locais, que asseguram que o sabor da comida depende da “mão” de quem cozinha e não do fogão ou do combustível utlizado.
COMÉRCIO – Na Índia vive-se muito do comércio. O preço de tudo é negociável, mesmo face a cartazes anunciando “preço fixo”, que devem ser para inglês ver. Geralmente, os indianos são muito comunicativos e prestáveis, embora com esta última qualidade pretendam sempre ganhar qualquer coisa. Tem de ser assim, que a concorrência é enorme. Comprei tecidos às 16 horas, sob o compromisso de a roupa pronta a vestir ser entregue no bar do hotel até às 23 horas. Claro que no Ocidente isto seria impensável, mas aqui os filhos cuidam dos pais sem reforma e, por isso, tem de trabalhar muito até porque na sua maioria, mesmo sujeitos a outrem, não tem salário, vivendo das gorjetas. Na foto, uma comerciante do mercado de Mapusa, que me foi “pescar” a dois quarteirões da sua loja, me ajudou a negociar compras em duas lojas, antes de me vender dois lenços na sua própria tenda.
CAOS ORGANIZADO – Desde o momento que desembarquei em Nova Delhi, que ganhei consciência de que estava perante o caos organizado e, ao longo desta dúzia de dias que aqui estou, fui convencendo-me de que a primeira impressão estava correcta, além de que não haveria outra forma de encaixar neste território mais de mil milhões de pessoas. Mesmo assim, aplico-me para perceber uma jovem viúva, quando me diz que calcula que tem 38 anos, porque não foi registada nem tem documentos e, por isso, também não tem os três filhos registados, até porque a sua preocupação principal é ganhar em 5 meses de verão o suficiente para viver 12. Fico espantado ao ouvir que um motorista é afastado da sua profissão aos 58 anos, para ir viver por conta dos filhos, já que não tem direito a reforma. Cai-me o queixo ao saber que no país com o sistema educativo mais avançado do mundo no ensino das ciências em geral e da matemática em particular, há uma enorme percentagem de analfabetos, apesar de apreciar diariamente meninos e meninas de imaculadas fardas no percurso entre casa e escola.
GOA – Cada vez mais indianos de outras partes do país estão a vir para Goa. Começaram por ser atraídos pelos casinos aqui instalados, pelo exotismo da influência portuguesa e pelas praias maravilhosas e acabaram por optar pela vida no território em pleno. Trouxeram algumas actividades interessantes e com mais-valias para a zona.
Mesmo assim, Goa continua a ser um destino muito interessante, com zonas que recordam Portugal, as suas igrejas e, sobretudo, as suas praias com areias brancas e água com temperaturas elevadas, em período que se anda bastante agasalhado em Portugal.
TRANSPORTES PÙBLICOS – Nos autocarros que circulam na Índia, o cobrador exerce multifunções. Do exterior, com umas apitadelas, dirige as manobras em terminais ou em curvas da estrada mais apertadas, manda prosseguir a marcha e anuncia a partida. Em conjunto com o motorista, anuncia/grita o destino da viatura, bem como enumera as paragens, no caso de não se tratar de um autocarro expresso. No interior, também apita, quando é preciso parar ou arrancar. Cobra, como é devido a um cobrador, mas não emite bilhetes. Não precisa. A média de passageiros está calculada por viagem, há sempre o cuidado de “ensardinhar” mais uns quantos e sempre se poupa em papel e tempo, ambos preciosos à humanidade. De qualquer forma, o patrão não fica mais pobre, nem o cobrador mais rico.
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EXPERÊNCIA – Mr. Ejhar, é o nome do motorista que calhou em sorte para os cinco dias de viagem no triângulo Delhi – Jaipur – Agra. Também é preciso sorte nestas coisas das aventuras em terras estranhas. Este homem contribuiu para que a viagem fosse um prazer, pois nunca fez uma travagem mais violenta, conhece as estradas, os monumentos e as pessoas de cada região e é de uma simpatia cativante. Tenho a certeza que também causei impressão ao Mr. Ejhar, motivando -o a dar estudos às filhas – ele que já tem um filho engenheiro. Vou dar o contacto dele à família mas, se os amigos quiserem, podem e devem aproveitar porque, sem intermediários, Mr. Ejhar arranja hotéis, restaurantes, lojas e viagens para aquelas localidades indianas e outras circundantes, a melhores preços dos que os fornecidos por operadores de tours e até mesmo do que os encontrados na net, com a mesma qualidade.
ÉPOCA – Mais curta ou mais comprida, a viagem à India, Goa incluída, pode ter preços variados, desde logo, pelo período em que se viaja, época baixa ou alta. Recomendo Março e primeira quinzena de Abril, altura em que está a acabar a “season”, pelo que há menos turistas, os preços são mais baixos e – não de somenos importância – as temperaturas baixam dos 35 graus.
Espero que os leitores fiquem motivados para esta viagem repleta de cheiros e sabores.
Autor: Nelson Santos Silva (Jornalista)
- Published in Convidados, Índia
Ochos Rios VS Negril
Foi uma das poucas viagens que fizemos compradas em pacote (estadia e voo), com hotel de regime tudo incluído.
Optamos pela Jamaica e esta forma de viajar porque… bom… a Jamaica não estava propriamente na nossa lista, mas estava com uma promoção excecional, e precisávamos de descansar, não resistimos.
Quem nos acompanha sabe que gostamos muito pouco de viajar em regime de TI.
Para nós, acaba por ser um verdadeiro desperdício, mas a oferta compensava assim mesmo.
A Jamaica localiza-se no mar das Caraíbas, começamos logo a imaginar aquelas fotografias de um azul elétrico que vemos nos anúncios das agências de viagem.
A maior parte do turismo da Jamaica tem como atrativo a qualidade das praias, do Sol e da natureza.
As praias são de facto de uma qualidade superior, a areia fina e aguas quentes.
A primeira dúvida que se coloca é sempre a zona que devemos ficar porque existem atrativos nas várias áreas.
Ochos Rios VS Negril
Ochos Rios — costa norte da ilha, mais movimentada e mais turística, com mais oferta de atividades.
Cascatas Somerset — umas lindas cascatas rodeadas por floresta.
Mystic Mountain e Bobsled Car — passeio parque aventura, com várias atrações, incluído teleférico.
Reggae Bar — não se pode deixar de experimentar o ambiente cultural do reggae indo a um destes locais.
Cascatas Dunn’s River — atividade de que permite escalar a própria cascata é um passeio muito atrativo.
Museu Bob Marley — um ícone da música e da cultura Jamaicana.
Blue Hole — que fica em Island Gully Falls — Podemos apreciar as cascatas e trilhos na floresta.
Turtle River Falls and Gardens — contacto com a natureza com jardins e cascata.
Negril – mais calma, menos “turística”, com melhores praias.
Half moon – praia
Bloody Bay – praia
Orange Bay – praia
Seven mile – praia
Rick’s Café – vista linda sobre a praia, só abre à tarde.
Existe sempre uma discussão acesa sobre que zona da ilha é melhor.
Como nos pareceu que Ochos Rios tinha mais variedade e quantidade de locais de interesse foi essa a nossa opção, por uma questão de rentabilização de tempo.
No entanto, como temos a mania que queremos conhecer tudo, optamos por alugar um carro e conseguimos usufruir da ilha em si, e do que cada lado tinha para oferecer.
Quantos à escolha do hotel, sinceramente não nos debruçamos muito, pois as gamas altas (4 e 5 estrelas) são todos de qualidade parecida, tem boas condições e alimentação de qualidade, mas pouco exploramos, pois estávamos sempre fora.
Nestes hotéis haviam muitos turistas de origem norte americana e com uma atitude pouco adequada tanto para a tipologia do hotel em que estavam, como para os próprios nativos. Isso chocou-nos um pouco.
Enfim, secalhar calhou…
Nós acabamos por não descansar muito, gastamos o tempo todo a explorar a ilha.
Para quem gosta de relaxar, usufruir das amenidades dos hotéis a Jamaica é um ótimo destino de férias.
- Published in Jamaica
Langkawi – atividades para miúdos e graúdos
Langkawi faz parte de arquipélago com cerca de uma centena de ilhas.
Encontra-se a nordeste da Malásia e faz fronteira com a Tailândia.
Escolhemos esta ilha para descansar um pouco da loucura e agitação em que nos metemos. Esta foi uma viagem demasiado ambiciosa, visitamos a Malásia, Camboja, Bali – claro que precisávamos de parar um bocado deste ritmo alucinante.
Uma das minhas preocupações é se me ia aborrecer ao travar o ritmo assim tão de repente, eu adoro as paisagens e praias paradisíacas da Ásia, mas confesso que ao fim de 2 dias, já necessito de algo para explorar. A acrescer a este meu feitiozinho, ia com a minha pimpolha (com 9 anos) e um grupo de amigos.
Fiquei com receio de não conseguir agradar a todos.
Esta ilha foi escolhida por ser vantajosa em termos geográficos, uma vez que já estávamos estoirados. Só fica a 1 hora de avião de Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
O que podemos que agrade a todos nesta pequena ilha? Estas foram as nossas escolhas:
Praias & praias
Exploramos vários tipos de praias, desde aquelas pertos dos hotéis mais virados para o turismo massificado, com uma elevada oferta de desportos aquáticos, até a praias paradisíacas e desertas onde não se vê um único turista e sem apoios de praia.
Skycab & Skybridge
A ponte aérea sobre a floresta é o fator de diferenciação desta ilha. Adoramos a experiência de andar, tanto no teleférico como na ponte suspensa. As vistas são incríveis, a nossa reação física naquela altura torna-se surpreendente – depois conto-vos em pormenor. O preço da entrada é de 10€.
Art in Paradise 3D
É uma atividade divertidíssima para fazer com as crianças, mas eu também adorei. Existem pinturas artísticas que nos permitem fotografar, parece mesmo que estamos a viver cada uma das situações. Preço das entradas: 8€ adulto 6€ criança.
Seven Wells Waterfall
Está localizada ao lado do Skycab, pode-se ver no momento que estamos a subir pelo teleférico. Esta cascata é composta por sete piscinas e tem uma queda de 91 metros. Pode optar por vê-la cá debaixo ou fazer o trilho e escalar até lá em cima – a fauna e flora são fantásticas para a subida é de uma hora – não é fácil! A entrada é gratuita, mas paga-se o parque – cerca de 0,50€.
Kilim Karst Geoforest Park
É uma reserva protegida que se visita por barco. Existem várias paragens: a fazenda onde se pode alimentar e observar várias espécies de peixes, ver os manguezais, gruta de rochas e fosseis e observar os morcegos, alimentar as águias. A visita dura cerca de 2 a 3 horas. Preço: são 40€ por uma horas (não chega) 75€ por 3 horas, por barco, passível de se dividir pelo numero de pessoas.
Island Hopping
Esta excursão pode ser comprada no hotel (inclui transfer) por cerca de 25€ por pessoa ou vai diretamente ao ponto de saída do barco e tem lá uma agencia que vende diretamente aos turistas, assim custa cerca de 7€.
Esta viagem é muito divertida, para além de podermos ver a alimentar as águias (fico sempre encantada com a elegância dos seus voos rasos), faz uma paragem perta ilha da mulher grávida onde existe um lago de água doce e podemos fazer algumas atividades (gaivota, nadar), paramos noutras ilhas paradisíacas em que disfrutamos das paisagens e da água quentinha. Atenção aos macacos ladrões.
Temurun Waterfall
Esta cascata tem cerca de 30m. A beleza dela é única, enquadra-se um espaço mais afastado das zonas turística, então não encontramos quase ninguém. Temos a sensação de que o lugar se encontra inexplorado. O acesso faz-se através de um trilho com corrimões de madeira. Tempo de visita: 2 horas. Entrada: Gratuita.
Mercados de rua à noite
Nesta ilha existem mercados de rua todos os dias, mas em cada dia é efetuado numa aldeia diferente da ilha. Eu adoro mercados e feirinhas, ver a movimentação das pessoas, produtos tradicionais e jantar sempre bem barato 1-2€.
Locais: segunda-feira – Ulu Melaka; terça-feira – kedawang, quarta-feira – kuah; quinta-feira – bohor temoyong; sexta-feira – ayer hangat, sábado – kuah; domingo – padang matsirat.
A melhor forma de explorar a ilha é de carro, o preço do carro é barato e as estradas são muito calmas, sem qualquer problema ao nível da condução.
Todas estas atividades são divertidas para todas as faixas etárias, ficaram muitas outras para fazer, como o museu do Arroz… fica para a próxima!
- Published in Malásia
Percurso gastronómico em Kuala Lumpur
Apesar de estarmos muito pouco tempo em Kuala Lumpur eramos incapazes de não fazer o tão habitual roteiro gastronómico.
Para quem já nos acompanha sabe que as viagens conquistam-nos, também, pela barriga.
A culinária malaia reflete a sua história cultural, é um conjunto de mistura de sabores onde convivem várias influencias. É tão multicultural como o seu povo.
Tem influência chinesa, indiana, tailandesa, árabe e em províncias específicas podem saborear-se pratos com cheiro a outras culturas, tal como em Malaca nota-se a influência Portuguesa.
O Prato que é considerado como nacional é o Nasi Lemark, é feito com arroz cozido em leite de coco, anchovas fritas, amendoins, pepino, molho picante e ovo. Esta é a versão tradicional, mas é comum existirem algumas variantes.
Em Kuala Lumpur é muito fácil encontrar qualquer restaurante ou barraquinha se estivermos com fome, aliás, à luz de qualquer país asiático.
É muito natural vermos uma série de restaurantes com indicação de comida Halal, uma vez que é um país muçulmano, no entanto existem restaurantes indianos e chineses não Halal e convivem sem conflito.
O álcool também é restringido nestes restaurantes, nos outros é vendido, mas é caro, implementaram esta medida para desincentivar o consumo.
No centro da cidade encontrarmos restaurantes a laborarem 24 horas por dia. O que não acontece nas ilhas, fecha tudo muito cedo.
Para conseguirmos abarcar os principais cheiros e sabores em pouco dias resolvemos ter uma atitude radical – Um guia local!
Normalmente gostamos de explorar por nós, excursões e guias não estão, por norma, dentro do nosso conceito de viagem.
Mas desta vez resolvemos experimentar um guia, mas noutra modalidade.
Contactamos a https://www.withlocals.com/
Escolhemos um guia, um percurso de duas horas (ultrapassou o tempo), ficou mais barato, por sermos um grupo grande (eramos 7 pessoas).
Encontramo-nos na estação do Monorail Station Bukit Bintang, e na hora marcada lá estava o nosso guia Sidozz.
Estávamos prontos para explorar a gastronomia.
Deixamos aqui o roteiro:
Início | Ponto de encontro – Estação Bukit Bitang |
Paragem 1 | Hutong Food Court |
1ª Degustação | Cha Shao Bao – um churrasco cantonês – pão cheio de carne de porco |
2ª Degustação | Sopa de Curry de Frango |
Paragem 2 | Jalan Alor |
3ª Degustação | Dim Sum – comida servida em pequenas cestas de vapor |
4ª Degustação | Satay Lok Lok é um tipo especial de satay malaio |
Paragem 3 | Restaurante Local Mamak |
5ª Degustação | Paper Dosa – panqueca indiana feita de arroz |
6ª Degustação | O tarik (literalmente “chá puxado”) – uma bebida quente do chá do leite |
Todos estes pratos de degustação e a visita guiada tiveram um custo de 10€ por pessoa.
Foi muito interessante uma vez que para além de nos explicar os pratos, tivemos a oportunidade de falar acerca da cultura, da forma de viver da população, das dificuldades sentidas, de uma forma muito aberta.
Achamos o serviço excelente e superou a expectativa, mas só experimentamos este serviço uma vez, não podemos aferir se será sempre assim com esta qualidade.
Como passamos por inúmeros restaurantes e ficamos com água na boca ao ver outros pratos, depois da visita voltamos a Jalan Alor e ainda fomos petiscar mais umas coisitas.
A gastronomia é mesmo muito variada e rica, nem 3 meses dava para podermos experimentar tudo, mas penso que a amostra foi bastante satisfatória.
- Published in Malásia