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Kompong Khleang – A vida na Aldeia Flutuante

Domingo, 31 Maio 2020 by admin

O Lago Tonle Sap é de água doce e é inundado sazonalmente.

Nas margens deste Lago encontramos aldeias de parafitas ou flutuantes, as casas são sustentadas por estacas de madeira para elevar e proteger das cheias que acontecem na época das chuvas ou sustentadas por bidões.

No Lago existem mais de 170 aldeias flutuantes, com 80.000 habitantes, sendo as mais conhecidas:

  • Chong kneas floating village.
  • Kompong khleang floating village.
  • Kampong chhnang floating village.
  • Kompong phluk.
  • Mechrey floating village.

Nós optamos por visitar a Kompong Khleang, porque é das aldeias menos visitadas, com pouquíssimos turistas, portanto mais autêntica.

Atenção que as aldeias mais turísticas são muitas vezes expostas a esquemas de orfanatos falsos, onde se pede para contribuir com dinheiro para comprar comida ou bens.

Podemos visitar a aldeia em qualquer época?

Sim, mas…

Dependendo da época do ano podemos obter experiências diferentes.

Na época seca (novembro a maio), é possível visitar a aldeia através de ruas de terra batida, porque o caudal do rio que verte para o lago fica muito reduzido.

Na ápoca das chuvas (junho a outubro), podemos fazer a visita de barco, mesmo pelo interior da aldeia.

Como ir?

Existem várias formas de fazer esta visita:

– Comprar a excursão numa agencia de viagem de ida e volta de Siam Reap. Estas agências vão visitar vilas mais conhecidas e turísticas.

– Fazer percurso de forma mais independente, alugar carro ou tuk tuk e escolher a aldeia que se quer visitar.

Nós resolvemos alugar uma Van com motorista para o nosso grupo, da parte da manhã visitar o templo Beng Malea (Indiana Jones) e depois seguir para esta vila menos visitada (Kompong Khleang).

A vantagem de não ter intermediários (agências) é: a visita é mais personalizada e sabermos que o dinheiro dos passeios é exclusivamente para os habitantes da aldeia.  Para além de sair mais económico.

A Nossa Experiência

Kompong Khleang é uma enorme comunidade flutuante e localiza-se a aproximadamente a 50 km de Siem Reap.

É uma ótima opção se pensarmos em visitar Bang Malea ou como mais conhecido Templo do Indiana Jones (parece mesmo que entramos num filme) para aproveitarmos o dia.

A duração de visita à aldeia é de meio dia.

As casas são feitas de madeira assentes em estacas de parafitas de 4 metros de altura.

Chegamos perto do cais onde se encontram os pescadores com os seus longos barcos tradicionais a motor.

O custo por pessoa é cerca de 20 Dólares, e o passeio demora cerca de 2 horas.

Escusado dizer que foi uma experiencia incrível, ver as arvores cobertas de agua barrenta, ficando só a copa de fora, inúmeras espécies de aves, o silencio do rio, bom, só foi eleito como Reserva da Biosfera da UNESCO em 1997.

Tonle Sap é a maior massa de água doce interior do sudeste da Ásia.

Esta é das aldeias que atrai menos turistas, devido à distância e porque não é tão apetecível para o lucro das empresas turísticas (não existem restaurantes e lojas de souvenirs), apenas a realidade.

Para quem procura uma experiência mais crua e autêntica é a aldeia ideal.

A verdadeira luta deste Povo

Nesta aldeia moram cerca de 14.000 pessoas.

A economia desta comunidade assenta na pesca, agricultura e dos poucos turistas que a visitam (cerca de 10 por dia, noutras aldeias muito mais).

Embora se tenha uma abordagem romantizada destes locais, porque são bonitos, a verdade é que estes habitantes não têm acesso a eletricidade, agua canalizada e espante-se… nem sequer a cidadania.

São considerados estrangeiros não imigrantes. Ou seja, não são reconhecidos como cidadãos – são Apátridas.

Como consequência do não reconhecimento pelo estado, não podem sair deste ciclo de pobreza absurdo.

As crianças nascidas no Lago Tonle Sap não têm sequer direito a certidões de nascimento. Assim não podem integrar as escolas públicas.

Nestas aldeias construíram as próprias escolas primárias onde algumas crianças aprendem paralelamente ao ensino do estado. A taxa de alfabetização é cerca de 50%.

A sua maioria pertence a três grupos étnicos vietnamitas, Khmer e Cham.

A pobreza é visível a olho nu, as pessoas vivem do rio e para o rio, lavam-se, utilizam aquela água para consumir, utilizam como casa de banho… não é por acaso que a esperança média de vida é de 50 anos.

Para se ter consciência cada família de Tonle Sap tem um rendimento anual de 500 dólares.

Esta visita permitiu-nos uma compreensão mais profunda da vivência do Lago. Ficamos um sentimento misto, agridoce, por um lado a miséria por outro a riso das crianças que é próprio de um povo livre.

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